Prática do aleitamento materno exclusivo em estratégias de saúde da família

Deise Simone Serafini, Fernanda Portugal Carlin, Camila Schreiner Pereira, William Rezende, Andréia de Mello

Resumo


Introdução: O aleitamento materno exclusivo é definido como a oferta única e exclusiva do leite materno, sem qualquer outro líquido ou alimento3. O leite materno é essencial para o desenvolvimento da criança em função do seu elevado valor nutricional e fatores imunológicos. No Brasil, foi observada uma prevalência de 38,6% de aleitamento materno exclusivo entre menores de seis meses.

Objetivos: Investigar a prevalência do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida em crianças de seis meses a dois anos de idade, em duas Estratégias de Saúde da Família (ESF) do município de Santa Cruz do Sul.

Metodologia ou descrição da experiência: Estudo transversal. Foi aplicado o formulário de marcadores do consumo alimentar de crianças de seis meses a dois anos de idade do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, utilizando-se da questão "até que idade seu filho ficou em aleitamento materno exclusivo". A coleta foi desenvolvida pelos integrantes do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET), durante as pesagens do Programa Bolsa Família, Campanhas de Vacinação e Consultas de Puericultura, de junho a agosto de 2013, nas Estratégias de Saúde da Família Bom Jesus e Glória Imigrante, de Santa Cruz do Sul, RS. Realizado cálculo da amostra com erro de 5% e nível de confiança de 95%.

Resultados: Foram entrevistadas os responsáveis de 45 crianças de seis meses a dois anos de idade, representando uma amostra da população nessa faixa etária que pertenciam às áreas de cobertura das Estratégias de Saúde da Família Bom Jesus e Glória Imigrante, disponível no Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB) no período da pesquisa. Observou-se que 22,22% não foram amamentadas ou ficaram em aleitamento materno exclusivo até um mês de idade; 4,4% até dois meses, 15,5% até três meses, 17,77% até quatro meses, 13,3% até cinco meses e 22,2% até seis meses.

Conclusões ou hipóteses: Os resultados obtidos no presente estudo estão aquém das recomendações do Ministério da Saúde, entretanto, foi observada situação semelhante no Brasil. Acredita-se que fatores ambientais e econômicos podem ter influenciado no desmame precoce, porém mais estudos devem ser desenvolvidos no âmbito da amamentação exclusiva até os seis meses de vida e as razões mais freqüentes do desmame precoce.

 


Palavras-chave


Aleitamento Materno Exclusivo; Estratégia Saúde da Família; Prevalência

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