Perfil dos atendimentos de um hospital geral no meio-oeste de Santa Catarina

Denis Conci Braga, Silvia Monica Bortolini, Emeline Cadore, Heloise Corso, Júnia Ruaro

Resumo


Introdução: Atualmente em nosso país, os serviços públicos de urgência e emergência têm sido caracterizados pela superlotação além de levar a um ritmo acelerado e sobrecarga de trabalho para os profissionais da saúde. Este tipo de atendimento se deve à grande demanda de pacientes, que na sua maioria procuram estes serviços como a “porta de entrada” para a saúde.

Objetivos: Analisar os atendimentos realizados em um hospital geral de um município situado no meio-oeste de Santa Catarina. Correlacionar as queixas apresentadas pelos pacientes com variáveis como sexo e faixa etária. Verificar o caráter de urgência ou emergência dos atendimentos.

Metodologia ou descrição da experiência: Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, de base populacional, realizado no município de Água Doce, cuja população é de 6957 habitantes. O período para amostragem foi entre maio e outubro de 2013. Foram incluídos para análise todos os atendimentos realizados no Hospital Nossa Senhora da Paz, que presta atendimento de urgência e emergência em convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados foram anotados em formulário próprio para registro e as variáveis anotadas incluíram sexo, idade e queixa que levou a procurar atendimento hospitalar.

Resultados: No período compreendido para amostra foram observados 695 atendimentos. As mulheres representaram 53,10% (n= 369). Neste grupo, as queixas devido aos distúrbios gastrointestinais acometeram 23,3% (n= 86) e as afecções das vias aéreas superiores foram responsáveis por 21,68% das consultas (n= 80). Os atendimentos resultantes por trauma em mulheres representaram apenas 6,77% (n= 25). Já em homens (n= 326), o atendimento por trauma representou 15,33% (n= 50). Ainda, as queixas relacionadas às afecções das vias aéreas superiores acometeram 30,36% (n= 99) e as do trato digestivo, 15,33% (n= 50). Somados os grupos, a ocorrência de crise hipertensiva foi vista em apenas 3,30% dos casos (n=23).

Conclusões ou hipóteses: Observou-se a partir dos dados estudados que as queixas relacionadas a trauma são maiores em homens, porém representam uma parcela pequena dos atendimentos. Ainda, verifica-se que a principal procura por consulta se dá por problemas que deveriam ser acompanhados junto à Atenção Primária do município. Assim, é preciso verificar a acessibilidade junto à ESF para que esta situação seja resolvida.




Palavras-chave


Hospitalização; Emergências; Epidemiologia

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