Parasitoses intestinais: ações preventivas em uma unidade de saúde da família

Cláudia Roberta Tigre Krause, Elisabete Pereira Silva, Ericka Katia Bezerra da Silva, Kely Cristina Marques Pinheiro, Vânia Raimunda Pinto

Resumo


Introdução: As parasitoses intestinais representam um sério problema de saúde pública no Brasil. A saúde das crianças até 5 anos de idade pode ser influenciada por fatores como a qualidade do ambiente e a escolaridade materna. Estudos indicam que é comum as mães usarem medicamentos por conta própria para tratar parasitoses intestinais dos filhos, mostrando a necessidade de práticas educativas e preventivas.

Objetivos: Identificar as ações das mães acerca da prevenção das parasitoses intestinais na infância em uma unidade de saúde da família (USF) da cidade do Recife, Pernambuco, Brasil.

Metodologia ou descrição da experiência: Trata-se de um estudo corte transversal, descritivo, realizado em uma USF do município de Recife/PE, no período de abril a maio de 2012. Foram selecionadas aleatoriamente 40 mães, com idade acima de 18 anos, cadastradas na USF há no mínimo 6 meses e que tinham filhos de 0 a 5 anos. O instrumento da coleta de dados foi composto por 20 questões fechadas, distribuídas em 3 partes: identificação da mãe; condições socioeconômicas e identificação de ações realizadas pelas mães para prevenção das parasitoses. As entrevistas foram realizadas na USF. E por fim, foi realizada uma ação educativa com as mães e os filhos, abordando a prevenção das parasitoses na USF referida.

Resultados: A maioria das mães (80%; IC 95%:65,5-90,3) tem idade acima de 30 anos, 60% (IC 95%:44,4-74,2) são solteiras e 50% (IC 95%:34,8-65,2) têm escolaridade com ensino fundamental incompleto. Quanto às condições socioeconômicas, 65% residem em casa própria (IC 95%:49,4-78,5), 55% trabalham fora de casa (IC 95%:39,5-69,8) e 55% têm renda média familiar de até um salário mínimo (IC 95%:39,5-69,8). Com relação às práticas de higiene, apenas 15% (IC 95%:6,3-28,6) têm o hábito de lavar as mãos antes das refeições e 37,5% costumam andar descalças (IC 95%:23,6-53,1). A maioria das mães administra medicação para parasitoses intestinais por conta própria para seus filhos (65%; IC 95%:49,4-78,5).

Conclusões ou hipóteses: A saúde da criança é apenas trabalhada na consulta de puericultura e as mães, com frequência, usam automedicação. O enfoque preventivo é precário. Atividades preventivas e educativas, com palestras e ações lúdicas na USF, nas escolas e creches, estimulando hábitos de higiene e orientando quanto à utilização de medicamentos, facilitaria a prevenção de doenças e a promoção da saúde das crianças.

 


Palavras-chave


Parasitoses Intestinais; Ações Preventivas; Automedicação

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