Mecanismos e repercussões clínicas da asma induzida por aspirina: revisão sistemática
Resumo
Introdução: A Aspirina é altamente prescrita por seus benefícios como inibidor da agregação plaquetária. Existem vários efeitos adversos, destacando-se a asma induzida pela hipersensibilidade à Aspirina. Muitos efeitos adversos ocorrem mediante a inibição da enzima ciclo-oxigenase-1, porém permanecem incerto os mecanismos dessa indução e suas repercussões clínicas.
Objetivos: Analisar os biomarcadores da asma induzida por Aspirina e suas repercussões clínicas.
Metodologia ou descrição da experiência: Buscou-se por artigos publicados até novembro de 2013 nas bases eletrônicas Embase, Science Direct, Lilacs, MedLine (via PubMed) e PMC. Critérios de inclusão: adulto com asma, intolerância ou sensibilidade à Aspirina; Critérios de exclusão: animais, crianças, pacientes com DPOC, enfisema pulmonar, bronquite crônica, pneumonia e tuberculose. Realizou-se a seleção de artigos, extração de dados e avaliação da qualidade metodológica por pares de pesquisadores independentes e resolveu-se discordâncias mediante discussão.
Resultados: Incluiu-se 15 estudos cujos resultados foram variados. A prevalência de hipersensibilidade à Aspirina aumenta significativamente em populações com polipose nasal, sinusite, atopia ou asma. Referente aos biomarcadores causadores da asma induzida pela Aspirina, predomina a COX-1 e COX-2, Leucotrienos E4 e prostaglandinas D2 os quais quando inativados causam a asma induzida pela Aspirina. Referente as as repercussões clínicas em pacientes asmáticos que fazem uso da Aspirina e tem crise asmática desencadeada pelo uso deste medicamento, as evidências apontam para manifestações nasais, broncoespasmo, rinossinusite e dispnéia.
Conclusões ou hipóteses: Há boa base evidenciária demonstrando os biomarcadores da asma induzida por Aspirina e suas repercussões clínicas. Os leucotrienos, prostaglandinas e COX's; principalmente COX-1, predispõem processos inflamatórios que podem ocasionar congestão nasal, dispnéia, broncoespasmo e rinossinusite crônica. Recomenda-se, portanto, uso restrito e/ou substituição da Aspirina em pacientes asmáticos.
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