Saúde mental na Atenção Primária, apoio as mulheres em grupos de convivência

Ellen Ingrid Souza Aragão, Ana Paula Florenzano, Andressa Siqueira Gonzaga, Eloá Machado Silva Sá Borges, Sandra Lucia Correia Lima Fortes

Resumo


Introdução: Os grupos de convivência de mulheres com atividades manuais, culturais e de educação em saúde são praticas importantes de promoção de saúde na Atenção Primária. Porém tem sido pouco estudados de forma sistemática quanto ao impacto na construção da autonomia e geração de renda. O trabalho relata a experiência de cinco grupos do projeto "Mulheres da AP 2.2” realizado município do Rio de Janeiro.

Objetivos: Relatar e analisar o desenvolvimento de grupos de mulheres na Estratégia de saúde da família, em trabalho conjunto com a saúde mental, para espaços de apoio social, fortalecimento de redes, informação em saúde, resgate da autoestima, construção da autonomia e o empoderamento.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Os grupos são realizados semanalmente por duas horas, liderados por agentes comunitários de saúde, uma oficineira e uma facilitadora com discussão de temas em saúde e desenvolvimento de atividades de artesanato para geração de renda e estruturação de rede e apoio social. Os grupos são resultado do projeto "Mulheres da AP 2.2” financiado pela Secretaria de Políticas para Mulheres e realizado em 05 comunidades pacificadas na Área de Planejamento 2.2 do município do Rio de Janeiro com apoio do LIPAPS/UERJ. Os grupos são registrados por observadoras e pelas facilitadoras por meio de diários de campo, discutidos e analisados semanalmente pela equipe do LIPAPS.

Resultados: A inserção do projeto possibilitou a reorganização dos grupos de artesanato, pois em algumas unidades a falta de material e de direcionamento comprometeram a manutenção e motivação de grupos anteriores, e o inicio de novos grupos. Após quatro meses de trabalho as mulheres já conseguem produzir material variado e de qualidade, já iniciam a discussão e o planejamento de produção e organização da venda em eventos. Verificam-se dificuldades na saída de algumas participantes das comunidades e na aceitação das famílias de que elas tenham um espaço próprio regular. Também foi possível avançar em discussões de temas como sofrimento emocional e autocuidado em doenças crônicas.

Conclusão ou Hipóteses: As mulheres estabeleceram vínculos que lhes ajudam a enfrentar os desafios pessoais associados a sua situação de vida tais como o medo de não conseguir realizar corretamente as tarefas e valorização do seu produto. Verifica-se em algumas usuárias melhora da depressão e ansiedade, e de resultados de exames como colesterol, glicemia e pressão arterial.

 


Palavras-chave


Grupos de Convivência; Empoderamento; Saúde Mental

Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.


                    

Este periódico é de responsabilidade das associações:

                     


Apoio institucional: