A relação médico-paciente: vivências e aprendizados na Educação Popular

Resumo

Introdução: A Educação Popular (EP) orientou as primeiras iniciativas de saúde comunitária no Brasil, e se tornou uma das bases da Atenção Primária a Saúde. Fundado em 2010 o projeto de extensão Liga de Educação em Saúde (LES) organiza suas atividades pautadas na EP com acadêmicos de medicina da Universidade Federal do Rio Grande. Essas atividades se refletem na formação médica e na relação médico-paciente.

Objetivos: Analisar através dos relatos de experiência as reflexões e vivências relacionadas a formação acadêmica na relação médico-pacinete através do projeto na EP.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Utilizou-se para este trabalho a metodologia do relato de experiência. Foram utilizados relatos individuais de sete extensionistas incluindo o do professor coordenador sobre as experiências com a EP. Os relatos foram gravados com filmadora e depois transcritos.

Resultados: As atividades da LES permitem ao aluno um contato diferente dos ensinamento tradicionais da academia revelando outros pontos da relação médico-paciente: “como que a comunidade se organiza, né? O paciente que a gente tá conversando lá no hospital não é só um paciente. Eles têm uma vida (...) tem um contexto social por trás disso, sabe?”. A LES ajuda no emponderamento da comunidade, orientando-a: “indo basicamente orientar porque na verdade são eles a comunidade e mesmo que a gente ajude, a luta é deles, e sendo assim, a Liga faz diferença, porque eles sentem que tem alguém se importando com eles e sentem que são mais capazes do que imaginam”.

Conclusão ou Hipóteses: Percebemos através dos relatos de experiência que as vivências na EP dos alunos possibilitam o contato com diferentes facetas das relação médico-paciente, que frequentemente não é abordado de maneira integral na formação médica tradicional. Percebemos também que essas experiências fomentam a valorização do próximo.