Prevalência de sífilis na comunidade: amostra de uma UBS em Belo Horizonte

Sidney Marques Vieira, Rafaela Vieira Lopes, Getúlio José de Almeida Filho

Resumo


Introdução: A prevalência das Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS (DST/AIDS) permanecem um desafio em saúde pública, apesar do conhecimento sobre a transmissão, prevenção e tratamento disponíveis. As taxas de incidência variam, sobretudo, pelos contrastes sociais e regionais. Cabe à atenção primária o conhecimento da prevalência de DST/AIDS na sua comunidade visando prevenção e controle mais efetivos.

Objetivos: Estimar a prevalência de Sífilis em uma população assintomática na área de abrangência de uma Unidade Básica de Saúde na cidade de Belo Horizonte.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Pesquisa quantitativa na cidade de Belo Horizonte realizada no dia mundial de combate à AIDS em 2012. O evento objetivava a promoção de saúde sexual e o rastreamento de DST/AIDS de pessoas acima de 12 anos e que já tinham iniciado vida sexual. Na ocasião foram realizadas oficinas, aconselhamentos e testagens sorológicas para Sífilis, Hepatites B e C e HIV. A amostra total foi de 196 pessoas, das quais 183 fizeram o teste de VDRL e, dos quais os reagentes foram submetidos a teste treponêmico. Foram definidos casos de sífilis os indivíduos que apresentaram titulação de VDRL maior ou igual a 1:4 e teste treponêmico positivo. Os dados foram analisados através do programa Epi info versão 7.

Resultados: Das 196 pessoas que participaram do evento, 183 (93,37%) realizaram testagem para sífilis. A média de idade dos testados foi de 47 anos e a mediana de 50 anos. Do total 125 (68%) eram mulheres e 58 (32%) homens. Dos que realizaram o teste de VDRL, 22 (12,02%) tinham entre 12 e 24 anos; 38 (20,76%) entre 25 e 39 anos; 59 (32,24%) entre 40 a 54 anos e 77 (42,07%) tinham 55 anos ou mais. Dos quatro casos positivos, um caso foi de adulto na faixa etária de 40 a 54 anos e os demais em indivíduos acima de 55 anos, faixa etária esta a mais prevalente no estudo. A prevalência total de sífilis foi de 2,18% e, por sexo, foi de 5,17% nos homens e 0,8% nas mulheres.

Conclusão ou Hipóteses: O Brasil possui poucos dados oficiais de prevalência de sífilis na população geral. Este panorama é passível de modificação através da devida notificação de sífilis na população geral, compulsória a partir da portaria n° 104 de 25 de janeiro de 2011. Tornam-se necessários levantamentos regionalizados com maior amostragem e o desenvolvimento de ações de prevenção com foco na população idosa.






Palavras-chave


Prevalência DST/AIDS; Prevalência de Sífilis; Saúde Sexual

Texto completo:

PDF/A

Apontamentos

  • Não há apontamentos.