Prevalência de riscos cardiovasculares em uma equipe saúde da família recém-inaugurada

Ângela Cecília Cavalcante Melo, Nilo Sérgio Vieira Costa, Andréa Augusta Castro

Resumo


Introdução: A doença cardiovascular (CV) ainda é a que mais causa morbimortalidade no mundo atual, sendo indispensável conhecer os fatores de riscos CV e sua prevalência, principalmente em uma área descoberta por muitos anos de serviço público de saúde. Dessa forma, pode-se planejar uma estratégia e buscar uma melhora na qualidade de vida dessa população.

Objetivos: Avaliar a prevalência de riscos CV em pacientes atendidos na Equipe Carioca, pertencente à Clínica de Família do IPASE. A Clínica foi recém-inaugurada em novembro de 2011, em um vazio sanitário e promove o serviço assistência-aprendizado com Residentes de Medicina de família e Comunidade (RMFC).

Metodologia ou Descrição da Experiência: Foi Realizado um estudo transversal no final de um ano da inauguração da Clínica, na equipe carioca, por dois RMFC. Foram colhidos dados de 143 pacientes com hipertensão arterial e ou diabetes mellitus do prontuário eletrônico VITACARE no período de dezembro de 2012 à janeiro de 2013. Os dados colhidos: idade, sexo, pressão arterial, colesterol total, HDL, presença ou ausência de diabetes mellitus tipo 2(DM) e tabagismo, foram anexados em uma planilha do Excel e classificados segundos escore de Framingham. A análise estatística foi feita com o Teste T student e considerando significativos p< 0,05.

Resultados: Dos pacientes avaliado 23(16,1%) apresentavam risco alto, 51(35,6%) médio e 69(48,3%) baixos . A maioria 94(65,7%) era do sexo feminino, idade média= 65,6; média do escore de Framingham de 10,1 (DP=3,82). A idade média dos masculinos foi 64,2; média do escore de Framingham de 8,2 (DP=2,69) com p<0,001. 44 apresentavam Hipertensão arterial sistêmica (HAS) e DM, enquanto 99 somente HAS. Entre os DM e HAS a média do escore foi de 12,0 (DP=3,48) e nos com apenas HAS de 8,3 (DP=2,84). Em relação ao nível pressórico 92(64%) estavam descontroladas. Apenas 5 relataram tabagismo.

Conclusão ou Hipóteses: Conhecer a prevalência dos fatores de riscos CV é fundamental para estruturar uma região desprovida de saúde pública anteriormente, visto que, a doença CV ainda é a maior causa de morbimortalidade e trás muitos gastos em saúde pública. Sendo assim, é fundamental desenvolver um planejamento estratégico na equipe, buscando a melhoria da qualidade dessa população, até então desassistida.





Palavras-chave


Riscos Cardiovasculares; Clínica de Família; Prevalência

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