Educação em saúde: conhecimento como ferramenta de prevenção das doenças sexualmente transmissíveis

Tainã Tavares Brito, Cyane Isabelle Evangelista Costa, Tânia de Fátima D‘Almeida Costa

Resumo


 

Introdução: As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST’s) representam grave problema de saúde pública tendo repercussões médicas, sociais e econômicas. A segunda maior causa de perda de vida saudável entre mulheres de 15 a 45 anos em países em desenvolvimento. O impacto das DST’s, o aumento da prevalência da infecção pelo HIV e frequente ocorrência entre mulheres monogâmicas justificam o enfoque do tema.

Objetivos: Ampliar a informação sobre as principais DST’s, formas de transmissão, manifestações e prevenção; Verificar o conhecimento sobre DST entre mulheres e adolescentes e averiguar a busca por atendimento médico em caso de queixa de origem ginecológica.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Estudo prospectivo, realizado na Creche-escola Lar Fabiano de Cristo, polo Casa de José, Belém-Pará. As ações são ministradas pela equipe de um projeto de extensão universitária e compreendem entre outras metodologias, a preleção dialogada, sendo destinadas para um grupo de mulheres em situação de vulnerabilidade social. E aplicação de questionário que se fez em dois momentos: antes (as participantes respondem apenas questões sobre “conhecimentos em DST”) e após a preleção dialogada, visando analisar o que as participantes depreenderam da mesma. A análise de dados foi realizada com o programa Epi Info 3.5.1, com nível de significância em p<0,05.

Resultados: Das participantes, 87,5% possuem união estável, 62,5% têm ensino fundamental e 75% recebem menos de 1 salário mínimo. 62,5% afirmaram usar preservativos. 25% afirmaram ter apresentado pelo menos um dos sinais: corrimento, verruga genital ou pápulas e em 12,5% foi diagnosticado DST. 12,5% alegaram nunca ter ido ao ginecologista. Sobre exemplos de DST’s, 100% responderam: “AIDS” antes e após a atividade educativa, 16,7% marcaram a opção “Tricomoníase” antes, versus 62,5% após a referida atividade. Quando perguntadas “Como forma de prevenção às DST’s, pode-se usar: preservativos, DIU, diafragma ou coito interrompido”, 50% consideraram essa assertiva correta antes versus 25% após a preleção.

Conclusão ou Hipóteses: A palestra foi uma intervenção simples e eficaz ao esclarecer questões sobre DSTs, para mulheres com baixo nível de instrução e renda familiar, com destaque para as principais DSTs, o uso de preservativos e a importância de consultas ginecológicas periódicas. Ações com esta proporcionam a troca de saberes, a desmistificação do conhecimento e a promoção da saúde na comunidade.


Palavras-chave


Educação em Saúde; Doenças Sexualmente Transmissíveis; Prevenção

Texto completo:

PDF/A

Apontamentos

  • Não há apontamentos.