Liga acadêmica de Medicina de Família e Comunidade e o ensino médico

Resumo

Introdução: O modelo biomédico, muito utilizado no ensino médico, mostra-se ultrapassado diante da necessidade de uma postura biopsicossocial na assistência médica. Diante disso, a Liga Acadêmica de Medicina de Família e Comunidade (LAMFaC) da UERJ é um ambiente de aprofundamento dos conhecimentos teóricos da Medicina de Família e Comunidade, da Atenção Primária à Saúde e da Estratégia de Saúde da Família.

Objetivos: Relatar as vivências da Liga Acadêmica de Medicina de Família e Comunidade, cujos objetivos são antecipar, incrementar e complementar o aprendizado teórico-prático dos alunos da FCM/UERJ em temas das disciplinas do Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária (DMIF).

Metodologia ou Descrição da Experiência: A liga tem duração de um ano e é voltada a alunos do 1º ao 6º ano da graduação. Para fazer parte dela, o estudante deve participar de um ciclo de debates e, em seguida, realizar um processo seletivo baseado no conteúdo dado nas discussões, visto que a liga consegue atender apenas a trinta estudantes. No primeiro ano da liga, o aluno tem aulas teóricas, participa de visitas domiciliares, projetos de extensão, acompanha consultas ambulatoriais e conhece Clínicas de Família, a fim de vivenciar como é o atendimento à saúde no município. Do segundo ano em diante pode participar da gestão, desenvolvendo habilidades e competências como trabalho em equipe, oratória, respeito ao próximo e liderança.

Resultados: Em 2009, a liga participou do curso Inove PUC para Ligas Acadêmicas e do evento “Feira das Ligas”, no qual abordou o tema hipertensão arterial. Em 2010, participou do vento Memorial das Velas Acesas, Candlelight. Em 2011, participou do projeto “Tocando Saúde” com a atividade “O que você sabe sobre Diabetes Mellitus” e realizou o projeto “O Resgate do Brincar como atividade física” durante o 49º Congresso Científico do HUPE. Em 2012, desenvolveu projetos como o “Saúde na Escola” e novamente o projeto ‘O que você sabe sobre Diabetes Mellitus e foi muito bem avaliada pela sub-reitoria da Universidade na apresentação do evento “UERJ Sem Muros”, recebendo uma bolsa.

Conclusão ou Hipóteses: com as atividades da liga foi possível incentivar a formação de profissionais críticos e reflexivos, com conhecimento e habilidades que os tornem sujeitos integrais e foi possível estimular o estudante a cuidar das pessoas com quem convive, fazendo com que sejam multiplicadores da saúde em um aspecto mais amplo. A liga, assim, aprofunda os conceitos de MFC e amplia o contato do estudante com APS.