Fitoterapia e formação médica: como avançar?

Yuri Matheus Nogueira Costa, Rônney Pinto Lopes, Jamylle Landim de Sousa, Marcus Renan Ximenes Frota, Hélio Batista de Araújo Terceiro

Resumo


Introdução: A fitoterapia constitui importante fonte de inovação e redução das desigualdades em saúde, garantindo ampliação das ofertas terapêuticas no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS). Mas, apesar da aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais, a educação médica ainda apresenta influência da indústria farmacêutica como instrumento de perpetuação das estratégias de mercado na atenção à saúde.

Objetivos: O presente estudo tem por objetivo apresentar a correlação entre a fitoterapia e a educação médica na perspectiva de garantir avanços na assistência em saúde e no desenvolvimento social.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Realizou-se uma revisão de literatura a partir da busca de artigos indexados nas bases de dados online SciELO e Bireme, com seleção de termos descritivos como: “Fitoterapia”, “Indústria farmacêutica” e “Educação médica”. Foram agregadas à bibliografia informações obtidas em cartilhas e livros acadêmicos com a temática abordada. Os critérios de inclusão foram definidos a partir das questões investigadas, e para refinamento, excluíram-se artigos que não se enquadrassem no perfil desse estudo. Consideraram-se aspectos, como abrangência temporal (definida entre 2007 e 2012) e o idioma, excetuando-se textos em português e inglês.

Resultados: O uso de medicamentos fitoterápicos na APS garantem o acesso seguro e uso racional de medicamentos, além de promover o uso sustentável da biodiversidade, a geração de emprego e renda, o desenvolvimento de inovações em saúde e garantia de participação social. A importância desses princípios deveria fortalecer uma prescrição diferenciada por parte dos médicos, porém a formação flexneriana, hegemônica no Brasil após a ditadura militar, possibilitou o avanço da indústria farmacêutica dentro das escolas médicas, utilizando o ensino baseado em medicamentos de ponta e financiamento de estudantes como forma de desvalorização da fitoterapia e expansão do complexo médico-industrial.

Conclusão ou Hipóteses: O desenvolvimento de estratégias no campo da formação médica necessitam estar aliadas às mudanças nos paradigmas de saúde e no contexto de vida das coletividades. Isso garante um avanço na incorporação da fitoterapia no “cardápio terapêutico” dos futuros profissionais, buscando fortalecer a Atenção Primária e minimizando as iniquidades no campo da saúde.


Palavras-chave


Fitoterapia; Indústria Farmacêutica; Educação Médica

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