Prevalência da coinfecção HIV/tuberculose no Brasil

Resumo

Introdução: O número de casos de AIDS no Brasil tem diminuído, entretanto, observa-se um aumento de casos entre os pacientes soropositivos. O HIV infecta principalmente os linfócitos T CD4+, o que compromete o sistema imune do hospedeiro, tornando-o mais suscetível a doenças oportunistas, sendo a tuberculose a mais importante delas e a principal causa de morte de indivíduos portadores do HIV no Brasil.

Objetivos: Identificar fatores sócio-demográficos associados à coinfecção por tuberculose e HIV no Brasil a partir da literatura brasileira.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, tipo revisão ampla de literatura, realizada entre os meses de novembro e dezembro de 2012. Foram utilizados resumos de artigos científicos da base de dados do Scientific Eletronic Library Online – Scielo, publicados de 2007 a 2012. A busca foi feita utilizando-se os descritores: tuberculose, HIV e coinfecção. Foram encontrados 65 artigos, dos quais 44 foram excluídos por não atenderem ao objetivo da pesquisa. Restaram 21 artigos incluídos para análise.

Resultados: A sobreposição da tuberculose e AIDS pode ter consequências graves na saúde física e psicossocial do indivíduo. No Brasil, a coinfecção HIV/tuberculose está intimamente relacionada a baixos níveis socioeconômicos, sendo sua distribuição bastante heterogênea. Observou-se que fatores como: baixa condição socioeconômica, o uso de álcool, drogas ilícitas e os efeitos colaterais dos medicamentos levam ao abandono do tratamento, provocando aumento do índice de mortalidade. Em contrapartida, a adesão ao tratamento e o diagnóstico precoce são indicativos de bom prognóstico. Os estudos mostram ainda que a coinfecção predomina em indivíduos adultos, do sexo masculino e que vivem em áreas urbanas.

Conclusão ou Hipóteses: A coinfecção tuberculose/HIV é um grande problema de saúde pública no Brasil. Assim, faz-se necessária uma maior atuação dos gestores e profissionais de saúde no planejamento de ações, como articulação dos programas de prevenção das duas doenças, estímulo da adesão ao tratamento e indicação do teste de HIV em pacientes com TB, de modo a obter um diagnóstico precoce com maiores chances de cura.