Qualidade de vida de hipertensos e diabéticos de uma USF
Resumo
Introdução: A hipertensão arterial e diabetes mellitus são doenças crônico-degenerativas de elevada prevalência e morbimortalidade, o que destaca a importância do programa Hiperdia da Estratégia de Saúde da Família (ESF). É de suma importância conhecer os impactos que estas doenças possuem na qualidade de vida, assim como entender a relação entre qualidade de vida e o controle e prevenção destas.
Objetivos: Avaliar a qualidade de vida de indivíduos com hipertensão e diabetes acompanhados pela Equipe de Saúde da Família do PSF Guanabara I, em Ananindeua-PA.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Este estudo caracteriza-se como prospectivo, transversal e descritivo, tendo sido entrevistadas 100 pessoas, portadoras de hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus, no período de julho a agosto de 2012, através de protocolos de pesquisa padronizados internacionalmente pela Organização Mundial de Saúde (World Health Organization Quality Of Life-Bref), em entrevistas na Unidade de Saúde da Família Guanabara I e residências dos moradores da área coberta por esta USF. Foram excluídos da pesquisa os indivíduos não devidamente cadastrados no programa de controle de hipertensão e diabetes, assim como os indivíduos que se recusaram a participar.
Resultados: Verificou-se que 37% dos entrevistados avalia a própria qualidade de vida como boa ou muito boa, ao passo que 49% avalia como mediana e 14% como ruim ou muito ruim. Quando indagados sobre a satisfação com a própria saúde, 73% mostraram-se satisfeitos, muito satisfeitos ou simplesmente julgam como “mais ou menos”, enquanto que 27% mostraram-se insatisfeitos ou muito insatisfeitos. Em relação aos domínios que determinam a qualidade de vida, o que obteve o maior escore foi o das Relações Sociais (78), seguido pelo Psicológico (74,91), Físico (69,4) e Meio Ambiente (62,4). A faceta que obteve maior escore foi a que avalia as relações pessoais com amigos e familiares (90,75).
Conclusão ou Hipóteses: A qualidade de vida dos pacientes estudados apresentou escores relativamente satisfatórios, ainda que muito longínquos do ideal, especialmente no que diz respeito à capacidade funcional e aos aspectos ambientais, o que pode ser mudado mediante inclusão de políticas e atividades que valorizem a atividade física, assim como fiscalização mais efetiva do poder público em relação aos fatores ambientais
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