Qualidade de vida de crianças com câncer em uma casa de apoio
Resumo
Introdução: O câncer infantil representa de 0,5% a 3% de todos os casos de neoplasias da população mundial e quando diagnosticado e tratado precocemente, 70% dessas crianças podem ser curadas. Entretanto, conhecer o impacto do câncer no paciente, faz-se relevante uma vez que a oncologia possui tratamentos bastante agressivos podendo algumas vezes interferi na qualidade de vida destes pacientes.
Objetivos: O objetivo geral do estudo foi avaliar a qualidade de vida de crianças com diagnostico de câncer, e os objetivos específicos: investigar o grau de satisfação dessas crianças, comparar entre os gêneros a qualidade de vida apresentada, e identificar os fatores mais afetados na vida de tais crianças.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Trata-se de um estudo fundamentado numa abordagem quantitativa, desenvolvido no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer (GACC-AM) com 20 crianças, 10 do sexo feminino e 10 do sexo masculino, todas diagnosticadas com câncer, com a idade variando entre 06 a 12 anos. A avaliação da qualidade de vida foi realizada com o AUQEI (Autoquestionnaire Qualité de Vie Enfant Imagé), desenvolvido por Manificat e Dazord, em 1997, validado no Brasil por Assumpção Jr. et al em 2000, denominando de "Escala de Qualidade de Vida da Criança" (EQVC), tal instrumento é de fácil aplicação e busca avaliar a sensação subjetiva de bem-estar das crianças sobre percepção da própria criança.
Resultados: Os resultados demonstram que 70% dos participantes atingiram um escore acima de 48 pontos, definindo-os com boa qualidade de vida; e 30% dos participantes não atingiram o escore mínimo de 48 pontos, identificando-os com qualidade de vida prejudicada. Na avaliação da qualidade de vida dos indivíduos dividindo-os por gênero, tanto feminino quanto masculino apresentaram boa qualidade de vida com percentual de 70%, sendo a porcentagem de baixa qualidade de vida para ambos os sexos, 30%. O resultado percentual dos fatores mais afetados, ou seja, os domínios ficaram: Família, 27%; Função, 25%; Lazer, 32%; e Autonomia, 16%, declarado ser o domínio mais afetado de acordo com as crianças pesquisadas.
Conclusão ou Hipóteses: A pesquisa possibilitou-nos compreender que um dos fatores que promove qualidade de vida é a disposição afetiva oferecida à criança, portanto o “momento infância” deve ser respeitado e aceito pela equipe médica e pelos pais, mediante todas as outras necessidades referentes ao tratamento da doença. Percebemos, também, que há uma grande carência de estudos sobre esta temática na região norte.
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