Prontuário de ações preventivas

Resumo

Introdução: O cuidado nos seviços de APS é complexo e nele os rastreamentos oportunísticos se mesclm com o cuidado clínico cotidiano. Para que apliquemos os testes de rastreio, é necessário o conhecimento prévio das implicações das abordagens populacionais e de grupo de alto risco. Apenas com o conhecimento do que deve ser rastreado sem uma sistematização, corre-se o risco de se repetir diversos exames.

Objetivos: O objetivo é organizar o cuidado individual, anexando a cada prontuário um prontuário de ações preventivas (PAP) através do qual é possível ter o resumo do acompanhamento longitudinal e das ações de rastreamento que foram oferecidas a cada paciente.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Buscou-se na literatura quais doenças devem ser rastreadas, o intervalo e suas respectivas indicações. Após análise de todas as indicações, foram selecionadas apenas as recomendações com grau de recomendação A e B da United States Preventive Service Task Force (USPS-TF).

Resultados: O problema clínico a ser rastreado deve atender a quatro critérios básicos: deve representar um importante problema de saúde pública para a população; a história natural da doença deve ser bem conhecida; deve existir estágio pré-clínico bem definido para que possa ser diagnosticada; o benefício do tratamento precoce com o rastreamento deve ser maior do que se a condição fosse tratada no momento habitual de diagnóstico; os exames que detectam a condição clínica no estágio assintomático devem estar disponíveis, serem aceitáveis e confiáveis. Com base nesses critérios, confeccionou-se uma tabela que contém as condições que devem ser rastreadas de acordo com a faixa etária e sexo.

Conclusão ou Hipóteses: O PAP foi confeccionado e passará por uma fase de implantação. Espera-se com esse modelo de PAP, além de organizar o cuidado individual, evitar-se rastreios que expõem os pacientes a iatrogenia assim como servir de informação para racionalizar os gastos do sistema público de saúde.