Conhecimento sobre hanseníase da população e PSF em 2 micro-áreas, Curió-Utinga PA
Resumo
Introdução: A disseminação da hanseníase em uma comunidade está ligada à quantidade de pessoas suscetíveis na população e o contato direto com o bacilo (Mycobacterium leprae). O Ministério da Saúde aplica a vigilância epidemiológica, a nível nacional, através de um conjunto de atividades informativas sobre a doença para a comunidade. Porém, os altos índices de contágio da doença prevalecem na região Norte.
Objetivos: Tendo como objetivo verificar dentro do PSF Paraíso Verde, micro-áreas 2 e 11, o nível de conhecimento da população e da equipe multidisciplinar acerca da doença da Hanseníase através de questionários. Verificando se há alguma inter-relação entre os mesmos acerca do conhecimento sobre a doença.
Metodologia ou Descrição da Experiência: A pesquisa foi desenvolvida após aceite da orientadora, aceite da instituição, submissão e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da UEPA. O estudo (descritivo, transversal, único centro e prospectivo), respeitou os princípios éticos da Resolução n°.196/96. Para a análise do nível de conhecimento na casuística, 12 pessoas pertencentes à comunidade, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 70 anos foram convidados a responder um questionário geral quantitativo. E a equipe multidisciplinar (formada por 1 médico, 1 enfermeira, 1 técnica de enfermagem e 2 Acs’s), à responder um questionário quali-quantitativo, realizado pelos autores, enquadrando o estudo na realidade, conhecimento e vivência.
Resultados: Na comunidade observamos que 91,6% dos entrevistados já ouviram falar sobre hanseníase, contudo 75,1% deles afirmam que Hanseníase e Lepra não é a mesma doença e 91,6% dos entrevistados não sabiam as causas de transmissão. 91,6% afirmaram conhecer formas preventivas, contudo não sabiam quais meios. Em relação aos sinais e sintomas 76,8% afirmaram que sabiam quais eram, porém 59% realmente acertaram. Com relação à capacitação dos ACS’s, os quais demonstraram um conhecimento bastante limitado, 50% asseguraram receber capacitação sobre hanseníase. A enfermeira e o médico apresentaram um bom domínio a respeito da doença. Já à técnica de enfermagem errou em alguns pontos.
Conclusão ou Hipóteses: A análise dos questionários aplicados demonstrou bastante subjetividade a respeito do conhecimento da hanseníase, predominando a falta de conhecimento da comunidade e a falta de capacitação dos ACS’s. Apontando que o elo entre a equipe multidisciplinar e a comunidade pode ser um fator contribuinte acerca dos baixos níveis de conhecimento da Hanseníase nestas micro-áreas.
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