Condição nutricional de escolares em uma instituição de ensino de Belém, PA
Resumo
Introdução: Embora o Brasil esteja em transição epidemiológica e nutricional com significativo aumento da obesidade, a desnutrição infantil ainda constitui um sério problema de saúde pública com reflexos no desempenho escolar. A prevalência de obesidade e/ou desnutrição em crianças e adolescentes faz com que o ambiente escolar seja o melhor espaço para a realização de estudos nutricionais.
Objetivos: Determinar a condição nutricional com enfoque na presença de desnutrição, por meio de métodos antropométricos entre alunos regulamente matriculados em uma instituição pública de ensino.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Avaliou-se a partir da medida da estatura e peso 117 alunos. A pesquisa foi realizada em uma população matriculada no 1° ao 4° ano do ensino fundamental, com idades entre 7 a 12 anos dispostos a participar, com autorização prévia dos responsáveis. Adotaram-se os pontos de corte para Índice de Massa Corporal relacionado à idade (IMC/I) e estatura para idade (E/I), propostos pela Organização Mundial de Saúde (2007) para determinar o estado nutricional atual e desnutrição pregressa. O tratamento estatístico foi realizado com auxilio do programa BioEstat 5.0.
Resultados: A média de idade foi de 8,8 (±1,29) anos, com 54,2% do sexo feminino e 45,8% masculino. O diagnóstico nutricional mais prevalente foi eutrofia (63,2%) conforme IMC, e 79,0% em adequação de acordo com E/I. Por meio da E/I 21,0% foram classificados com déficit nutricional. Em 12,0% dos alunos observou-se baixo peso (IMC) e apenas 4,3% estavam desnutridos por ambos os parâmetros avaliados, sugerindo condição de desnutrição crônica entre esses escolares. Contudo, 20,5% dos estudantes representam o sobrepeso e/ou obesidade, e destes apenas 2,6% tinham déficit de estatura. O estado nutricional não foi estatisticamente significativo entre os sexos (p> 0,05).
Conclusão ou Hipóteses: Embora a eutrofia tenha sido mais prevalente, a desnutrição também foi marcante, condição esta que pode contribuir de forma impactante no rendimento escolar, uma vez que as manifestações clínicas da desnutrição refletem em fadiga, sonolência, indisposição e déficit de atenção, comportamentos que comprometendo o desempenho nas atividades propostas no âmbito escolar e social.
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