Comparação dos perfis de unidades de saúde da família de Ribeirão Preto
Resumo
Introdução: Os motivos de atendimentos em Unidades de Saúde da Família (USF) são diversos e distintos entre si. Mesmo unidades próximas geograficamente podem ter diferenças de perfil. Assim, é de suma importância diagnosticar as principais necessidades por parte dos usuários, a fim reorganizar o sistema de Atenção Primária à Saúde e minimizar os problemas mais prevalentes e recorrentes na população.
Objetivos: Realizar análise comparativa entre duas USF, destacando os perfis demográficos dos usuários em estudo, o gênero e a faixa etária mais prevalentes, bem como as queixas e hipóteses diagnósticas mais prevalentes, além da porcentagem de prescrição de medicamentos e solicitação de exames.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Trata-se de um estudo observacional e transversal realizado pela diretoria da Liga Acadêmica de Medicina de Família e Comunidade (LAMFAC) da Faculdade de Medicina do Centro Universitário Barão de Mauá, Ribeirão Preto-SP. Foram analisados prontuários da Unidade de Saúde da Família Dr. José Augusto Laus Filho, do Bairro Avelino Palma (Unidade ‘A’), e da Unidade de Saúde da Família Dr. Luiz Gonzaga Olivério, do Bairro Heitor Rigon (Unidade ‘B’), ambas em Ribeirão Preto-SP no período de 1 ano (junho de 2011 a maio de 2012), a fim de se avaliar a data da consulta, idade, sexo, queixas, distribuição de doenças, se houve ou não prescrição de medicação e se foi ou não solicitado algum tipo de exame.
Resultados: A prevalência de pessoas acima de 40 anos e de mulheres, em A, foi de 45,1% e 59,4%, respectivamente, enquanto que em B, 36,3% e 66,9%. Em relação às queixas mais frequentes em A, tosse (6,3%), lombalgia (3,4%) e epigastralgia (3,2%). Já em B, tosse e febre (7,3%), cefaleia (5,2%) e coriza (4%). Quanto à distribuição das doenças em A, Hipertensão Arterial ficou em primeiro (12%), seguido de Dislipidemia (9,5%) e Diabetes Mellitus (5,8%); no entanto, em B, HAS e IVAS obtiveram valores iguais (7,2%), seguida de obesidade (4,5%) e dislipidemia (2.9%). Entretanto, as prevalências de HAS e DM são de 28,8% e 14,1%, em A, enquanto que em B, 13,9% e 4,8%.
Conclusão ou Hipóteses: Este estudo ajudou a definir os perfis dos usuários de duas Unidades de Saúdes da Família dos Bairros Avelino Palma e Heitor Rigon, Ribeirão Preto-SP, mostrando diferenças entre si, como também diagnosticou as principais queixas e diagnósticos, a fim de fornecer dados que auxiliem no planejamento de estratégias de saúde específicas para estes bairros.
Palavras-chave
Texto completo:
PDF/AApontamentos
- Não há apontamentos.