Perfil de mulheres submetidas ao exame preventivo de câncer de colo uterino

Resumo

Introdução: O exame ginecológico além de permitir a detecção precoce do câncer de colo uterino, contribui para a identificação das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e avaliação do comportamento sexual e reprodutivo da mulher.

Objetivos: Avaliar características clínicas e epidemiológicas de mulheres submetidas ao exame citopatológico de colo uterino em Unidade de Saúde do município de São Gonçalo do Amarante-CE.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Estudo descritivo, retrospectivo, documental, com abordagem quantitativa, realizado entre janeiro e fevereiro de 2012 através de consulta ao livro de registro de coletas e resultados de exame citopatológico de colo uterino. Participaram do estudo todas as mulheres que realizaram os exames de prevenção de câncer de colo uterino em uma unidade de saúde do município de São Gonçalo do Amarante-CE entre janeiro e dezembro/2011, contabilizando 314 mulheres. Os dados foram analisados com auxílio do programa SPSS 17.0, através do teste estatístico Qui-quadrado de Pearson.

Resultados: Das mulheres estudadas, a média de idade foi 33,9 anos (dp=13,4), variando de 11 a 76 anos; 180 (57,7%) tinham menos de 8 anos de estudo. Quanto ao Método Anticoncepcional (MAC), 226 (72,0%) não utilizavam nenhum MAC, 70 (22,3%) faziam uso de MAC oral, 40 (12,7%) utilizavam condon, 33 (10,5%) dispositivo intrauterino e 22 (7,0%) MAC injetável. Quanto às alterações no colo uterino, 22 (7,0%) tinham colo friável, 8 (2,5%) ectopia acentuada e 23 (7,3%) ectopia discreta. Quanto à análise dos laudos, destacou-se na microbiologia 13 (4,1%) cândida e 62 (19,7%) gardnerella; e nas alterações celulares, 33 (10,5%) processo inflamatório acentuado, 132 (42,0%) moderado e 143 (45,5%) leve.

Conclusão ou Hipóteses: Verificou-se que grande parte das alterações encontradas não é preocupante e está próxima dos padrões de normalidade, indicando o bom acompanhamento dessas mulheres no serviço de saúde. No entanto, a baixa adesão das mulheres ao uso do condom é preocupante, indicando a necessidade de ações educativas que estimulem a dupla proteção para a prática de um comportamento sexual seguro.