Perfil de 203 idosos que fazem o uso crônico de fármacos

Resumo

Introdução: O Brasil apresenta um dos mais agudos processos de envelhecimento populacional entre os países mais populosos. Os idosos chegam a constituir 50% dos multiusuários de fármacos devido á maior prevalência de doenças crônico-degenerativas.

Objetivos: Descrever o perfil dos idosos da Associação dos Metalúrgicos Aposentados e Pensionistas de Ipatinga – MG e identificar os grupos de fármacos de uso crônico mais utilizados.

Metodologia ou Descrição da Experiência: A amostra foi composta de 203 idosos, com idade igual ou superior a 60 anos, sexo masculino e feminino e que fizesse o uso crônico de algum fármaco. O instrumento utilizado para a coleta de dados constituiu-se de um formulário, que foi respondido pelos idosos, nas dependências da Associação e na presença do pesquisador.

Resultados: A amostra foi composta de 51,2% do gênero masculino e 48,8% do gênero feminino. A idade média foi de 69 anos, com máximo de 98 anos. Em relação ao estado civil, 74,9% eram casados e apenas 3,4% solteiros. Quanto ao grau de escolaridade, 19,7% possuíam ensino fundamental incompleto, 20,2% ensino fundamental completo, 9,9% ensino médio incompleto, 28,6% ensino médio completo, 20,2% ensino superior completo e 1,5% eram analfabetos. Dos entrevistados,77,3% apresentam renda de 1 a 5 salários mínimos e 22,2% superior a 5 salários. Em relação aos fármacos, observou-se que os antihipertensivos eram os mais utilizados (69,5%), seguido dos hipolipemiantes (36%) e dos diuréticos (24,1%).

Conclusão ou Hipóteses: A maioria dos idosos, independente do gênero e do nível sócioeconômico e cultural, fazem o uso crônico de medicamentos. Dos fármacos utilizados encontra-se um grande predomínio, em ordem decrescente, dos antihipertensivos, hipolipemiantes e diuréticos que se correlaciona com uma das mais prevalentes doenças crônicas não transmissíveis como a hipertensão arterial sistêmica e dislipidemia.