O combate ao tabagismo na Atenção Primária
Resumo
Introdução: No Brasil os fumantes são 23,9% da população. Cerca de 200 mil mortes por ano são devido ao tabagismo. A cessação tabágica resulta em redução na taxa de mortalidade antes dos 35 anos, representando uma intervenção custo-efetiva. Porém, serviços que oferecem esse suporte são escassos na rede pública. A maioria dos fumantes reconhece o mal do tabaco e deseja parar, menos de 7% conseguem sem apoio.
Objetivos: Conhecer a oferta de programas de apoio ao tabagista na atenção primária de saúde como suporte ao abandono do hábito de fumar.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Trata-se de uma Revisão Bibliográfica de Literatura. A pesquisa foi realizada buscando-se artigos publicados em bases de dados digitais englobando LILACS, SCIELO e MEDLINE. Foi realizada revisão sistemática sobre o tema com os descritores: tabagismo AND prevenção AND controle. Foram descartados os estudos que apresentavam apenas relação do tabagismo com o adoecer, não se adequando ao tema.
Resultados: A maioria dos indivíduos interessados em apoio são mulheres acima de 40 anos. A medicação de escolha é Bupropiona e adesivos de nicotina (TRN). Fatores facilitadores a cessação do tabagismo: ausência de sintomas psiquiátricos, maiores de 40 anos, outras condições crônicas. A dependência grave é dificultador. Com apoio de equipe de saúde é possível aumentar a taxa de sucesso. A abordagem cognitivo-comportamental (ACC) combina intervenções cognitivas e comportamentais visando o sucesso; a chance desse é progressivamente maior com ACC, TRN, bupropiona e bupropiona + TRN. O fato dessas intervenções ainda não estarem integradas nas rotinas de saúde constituem empecilho para cessação.
Conclusão ou Hipóteses: O ACC e o apoio farmacológico são facilitadores na cessação do tabagismo, mas não se encontram disponíveis na maior parte da rede pública; embora a APS disponha de métodos eficazes, ainda existem obstáculos a serem vencidos, destacando-se: falta de equipes treinadas para o combate ao tabagismo, escassez de UBSs que oferecem o apoio ao tabagista e a falta de medicamentos antitabagismo na rede SUS.
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