O atendimento ao paciente com transtorno mental na APS: realidade possível
Resumo
Introdução: A Reforma Psiquiátria torna os CAPS responsáveis por organizar o atendimento ao paciente com transtorno mental e a APS é capaz de captar e diagnosticar o transtorno precocemente e oferecer o apoio necessário para o tratamento e a inclusão social.Entretanto é desigual a progressão de tais mudanças no Brasil e ainda observamos que a APS não está plenamente capacitada para exercer tal função.
Objetivos: Analisar os atendimentos a portadores de transtornos mentais realizados pelos alunos do sétimo período de medicina da UNIFOR no CSF Maria de Lourdes R. Jereissate, na Regional VI de Fortaleza/Ce, no período de julho de 2009 a dezembro de 2012.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Estudo transversal, descritivo, utilizando como fonte os prontuários dos pacientes atendidos pelos acadêmicos nesta unidade no referido período.
Resultados: Dos 216 prontuários avaliados, 140 eram mulheres (64,8%) e 76 homens (35,2%). A idade mais prevalente foi de 40 a 59 anos (39.3%), seguida pela faixa de 20 a 39 anos (30%) e maior que 60 anos (23,6%) e menor que 19 anos (6,9%). O transtorno mais prevalente foi o do humor, com 31,4%, sendo o transtorno depressivo, como observado pelo DSM-IV. O transtorno de ansiedade correspondeu a 18.1%, e o psicótico 15,3%. Os 35,2% restantes corresponderam aos demais transtornos mentais. A maioria dos pacientes acorreu a APS por identificação da ACS ou por demanda espontânea.
Conclusão ou Hipóteses: A APS é capaz de captar e oferecer atendimento aos portadores de transtornos mentais em pareceria com os CAPS,melhorando a adesão ao tratamento,dando apoio aos familiares para melhor compreensão do agravo,levando assim a diminuição de internações.É imprescindível a implantação e qualificação do apoio matricial,sendo este um dos principais desafios da Política de Saúde Mental em Fortaleza.
Palavras-chave
Texto completo:
PDF/AApontamentos
- Não há apontamentos.