Avaliação física de agentes comunitários de uma unidade básica de saúde

Resumo

Introdução: No Brasil mais de 200 mil agentes comunitários de saúde (ACS )estão em atuação a fim de contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população. Responsáveis pelo vínculo usuário, comunidade e equipe; nesta atuação observa-se uma complexidade. Somente poderá promover informações e saúde quem dispõe das mesmas.

Objetivos: Objetivo deste estudo foi avaliar fisicamente as ACS, a fim de identificar fatores de risco que podem comprometer a saúde das mesmas, o desempenho profissional e as atividades cotidianas.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Estudo transversal, observacional através da avaliação das ACS de uma unidade básica de saúde, do distrito do barreiro em Belo Horizonte-MG, durante um grupo operativo realizado pela equipe multiprofissional do NASF, durante o segundo semestre de 2012. Foram analisados dados da avaliação física, musculoesquelética e auto percepção da saúde das ACS. Para análise da frequência foi utilizado planilha excel e o programa SPSS 18.0.

Resultados: Foram avaliadas 15 ACS todas do sexo feminino. Mediana de idade de (39 anos) 25-52. Avaliação física: medianas da pressão arterial sistólica e diastólica foram de: (110 e 65) mmHg respectivamente; frequência :respiratória e cardíaca (19) ipm e (84)bpm. Índice cintura quadril (0,8); gordura corporal 36% Do total 71% apresentaram encurtamento de tríceps sural, 44% isquiosurais e peitoral maior, 63% apresentaram fraqueza de romboides e trapézio médio. Hipercifose torácica e hiperlordose lombar 69% e 13% hálux varo. Relataram quadro álgico nos pés: com frequência 31%. Nas costas e ombros 70% e 75% respectivamente. Nos braços 31%. Sobrecarga profissional 56%, 88% satisfeitas na profissão.

Conclusão ou Hipóteses: Observaram-se importantes alterações musculoesqueléticas, nas ACS avaliadas, bem como fatores de risco, para doenças cardiovasculares. Tais alterações podem correlacionar-se com a possível sobrecarga do trabalho. Faz-se necessário mais estudos, intervenções para prevenção de agravos aos profissionais.