Análise espacial de óbitos maternos em raça indígena no Amazonas
Resumo
Introdução: Apesar da necessidade de promoção da saúde eatendimento com integralidade ao indígena, essa parte da sociedade ainda émuito marginalizada, ficando aquém dos restos de recursos destinados a saúde dapopulação como um todo. Isso faz com que suas necessidades e peculiaridades nãosejam supridas, provocando sérios riscos á sua saúde mental e física.Objetivos: Analisar a distribuição espacial damortalidade materna índigena por grupo de doenças no estado do Amazonas,identificando municípios de maior risco no período entre 2000 e 2010.Metodologia ou Descrição daExperiência: O presente trabalho é de naturezadescritiva e analítica e de abordagem quantitativa. Adotará como população doestudo todo o contingente de mães indígenas que vieram a óbito no período de2000 a 2010 nos 62 municípios do estado do Amazonas. O período a ser analisadotem início em 1 de janeiro de 2000 a 31 de dezembro de 2010. O trabalhoutilizará dados secundários provenientes da base de dados do Sistema único deSaúde (SUS) assim como do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE). Os óbitos serão divididos conforme o grupo de doenças doCID-10(Classificação Internacional de Doenças), pré-estabelecido pela base dedados.Resultados: A partir do estudo, obtivemos que diferentedo previsto, as mortes maternas em indígenas vêm aumentando, obtendo 266,7% deaumento ao compararmos 2000 e 2010. Além disso, essas mortes são em sua maioriacausadas por motivos evitáveis, tendo como principal o grupo de doenças queinclui edema, proteínúria e transtorno hipertensivo pós-parto. Como segundasmaiores causas de mortes vêm as complicações do parto, complicaçõesrelacionadas ao puerpério e afecções obstétricas. O trabalho também mostra quegravidez que termina em aborto tem parcela significativa na causa dos óbitos,somando 12,7% do total de mortes no período.Conclusão ou Hipóteses: A mortalidade materna é uma das maisgraves violações dos direitos humanos das mulheres, por ser uma tragédiaevitável em 92% dos casos. Portanto, números mesmo que “pequenos”, mostramdescaso com a saúde da mulher, neste caso, indígena. Como a maioria seriaevitável, pequenas medidas como um bom pré-natal e acompanhamento com umassistente de saúde melhorariam consideravelmente estes números.
Palavras-chave
Óbitos; Doenças; Materna
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