Atendimento a hipertensos e diabéticos de uma equipe de saúde da família

Antonio Marcio Nogueira Filho, Erica Silva, Rhaisa Machio Leandro, Aparecida Campos Vieira, Werley Magalhães de Carvalho

Resumo


Introdução: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o Diabetes Mellitus (DM) são importantes fatores de risco para doenças cardiovasculares, que são a maior causa de morte no Brasil. Sendo assim, torna-se importante a criação de protocolos de atendimento a fim de reduzir condutas inapropriadas e instrumentalizar a equipe multiprofissional em todas as suas ações no âmbito da Atenção Primária à Saúde.

Objetivos: Este trabalho teve por objetivo a criação de um protocolo de organização do processo de trabalho no atendimento e acompanhamento dos pacientes hipertensos e diabéticos da Equipe de Saúde da Família (ESF) Azul, do Centro de Saúde Minas Caixa, da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH).

Metodologia ou Descrição da Experiência: A ESF criou um ficha de acompanhamento dos pacientes composta de: identificação, peso, altura, classificação de risco cardiovascular, tabela com exames do protocolo de hipertensão e diabetes propostos pela PBH, tratamento farmacológico atual, mapa com medidas da pressão arterial, data das consultas médicas e participação em grupos. As fichas de acompanhamento foram organizadas em um arquivo rotativo, de fácil manuseio pelos profissionais da ESF. Esse arquivo foi organizado por microáreas e essas foram divididas através de quarteirões equivalentes em número de famílias. A cada semana um quarteirão era convocado para um grupo operativo e, após, agendada consulta médica e/ou de enfermagem.

Resultados: Após a criação do protocolo de atendimento, a ESF conseguiu uma melhora significativa nos indicadores do Programa de Melhoria, Acesso e Qualidade da Atenção Primária adotados pela PBH inicialmente. Os indicadores de idosos diabéticos e hipertensos captados atingiram mais de 100%, com aumento de 17,6% e 18,2%, respectivamente, após a implantação do protocolo, e os indicadores de adultos hipertensos e diabéticos captados aumentaram 21,2% e 19,4%, respectivamente. Além disso, houve uma redução da procura pelos pacientes por consultas de controle de hipertensão e diabetes e renovação de prescrições no horário de atendimento à demanda espontânea e maior controle dos níveis de pressão arterial.

Conclusão ou Hipóteses: Através desse estudo, podemos perceber que o uso de protocolos de organização dos processos de trabalho para gerenciamento de condições crônicas, como a hipertensão e o diabetes, contribuem para um atendimento de melhor eficácia aos pacientes, possibilitando um acompanhamento contínuo e periódico, visando a uma maior captação e tratamento adequados para as equipes de Atenção Primária.


Palavras-chave


Hipertensão Arterial; Diabetes Mellitus; Grupos Operativos

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