Associação entre eventos de promoção e prática de atividade física em adolescentes

Albert Bruno Maciel Arruda, Valdemar Guedes da Silva, Allan da Mata Godois, Raquel Raizel, Christianne de Faria Coelho Ravagnani

Resumo


Introdução: A prática regular de atividade física (AF) oferece diversos benefícios à saúde e ao desempenho escolar de crianças e adolescentes. Porém, uma parcela significativa dessa população não atinge as recomendações de atividade física. Fatores como educação em saúde, incentivo familiar e oferta de espaços para a prática de atividade física podem estar associados a este cenário.

Objetivos: Verificar se o nível de atividade física está associado à participação de adolescentes em eventos de promoção da atividade física promovidos pela Estratégia Saúde da Família eou escolas de Cuiabá-MT.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Foi realizado estudo transversal com 372 adolescentes com idade entre 12 a 19 anos (15,3±2,3) cadastrados em USFs contempladas pelo PET-Saúde em Cuiabá-MT. Foi utilizado um questionário adaptado do Global School–Based Student Health Survey. A partir deste, o adolescente foi classificado em “ativo” (≥300 minutos/semana) ou “hipoativo” (<300 minutos/semana). O adolescente assinalou se participou de algum evento nas ESFs e/ou escola com a temática da atividade física para a saúde. Para avaliar a associação entre as variáveis foi utilizado teste qui-quadrado de Pearson adotando nível de significância de 5% e Razão de Prevalência (RP) com Intervalo de Confiança (IC) de 95%.

Resultados: Observou-se baixa frequência de participação em eventos tratando a importância da prática de atividade física para a saúde na escola (41%) e principalmente nas USFs (8,8%), além da alta prevalência de hipoatividade física (82,2%). Não houve associação entre as variáveis (Escola: p-valor=0,44; RP=0,92; IC=0,75:1,13 e ESFs: p-valor=0,63; RP=1,02; IC=0,93:1,11).

Conclusão ou Hipóteses: O nível de AF dos adolescentes não apresentou associação com a participação em eventos de promoção da AF. Contudo, a alta prevalência de níveis insuficientes de AF aliada à baixa participação dos adolescentes nestes eventos, evidenciam a necessidade de promover e rever as ações que tenham ênfase nos fatores de risco à saúde modificáveis, buscando a atuação conjunta da escola e ESFs.


Palavras-chave


Atividade Física; Adolescentes; Estratégia Saúde da Família

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