Análise de situação de saúde: adesão da prevenção contra câncer de pele

André Cavalcante Brasil, Lucíola Martins Frota, Lais Neves Solon Carvalho, Marcelo Rego Mota da Rocha Filho

Resumo


Introdução: O câncer de pele é o tipo mais frequente de neoplasia diagnosticada no Brasil, correspondendo a cerca de 25% destas. A análise de situação de saúde permite avaliar a adesão à proteção contra os raios UV, principal agente etiológico desse tipo de tumor, e permite ainda identificar as causas da não adesão e como a Estratégia Saúde da Família pode intervir para aumentar a adesão.

Objetivos: Esta análise de situação de saúde objetiva conhecer a realidade quanto à adesão à prevenção do câncer de pele de uma população carente de uma bairro em Fortaleza, além de analisar os fatores que influenciam nessa adesão.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Trata-se de um estudo observacional realizado na Universidade de Fortaleza, no Núcleo de Atenção Médica Integrada, no Posto de Saúde Mattos Dourado e na Comunidade do Dendê, localizados no bairro Edson Queiroz em Fortaleza-Ceará-Brasil, entre Setembro e Outubro de 2012, com uma amostra de 325 entrevistados, acima de 18 anos, respeitando os aspetos éticos. Utilizou-se, para pesquisa, o questionário do Ministério da Saúde-Secretaria de Vigilância em Saúde do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (VIGITEL)–2010 do qual se esperava resultados perecidos. A entrada e a análise de dados foi realizada pelo programa EpiINFO versão 3.5.3.

Resultados: Observou-se que, na amostra, a maioria da população declara proteger-se contra os a radiação solar, sendo que ao compararmos os sexos, observa-se uma maior adesão por parte das mulheres. Ao analisarmos o grau de prevenção quanto à escolaridade observa-se que quanto mais instruído, maior é adesão. Em relação à idade o estudo mostra que a população que mais se protege é a da faixa etária entre 25 e 34 anos. Quando estratificamos a amostra por cor da pele, observa-se que a população que menos se protege é a de cor amarela. A renda também influencia na adesão à proteção, pois se percebeu que quanto menor a renda, menor a adesão.

Conclusão ou Hipóteses: Pode-se concluir que, apesar do câncer de pele ser o de maior frequência no Brasil, ainda há uma grande parcela da população que não se previne dessa doença, e que alguns fatores contribuem de forma decisiva para esse fato. Dessa forma a Estratégia Saúde da Família deve trabalhar em cima desses fatores para tentar reduzir para aumentar a adesão à prevenção e reduzir os índices de câncer de pele.

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Palavras-chave


Câncer de Pele; Prevenção; Análise de Situação de Saúde

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