Considerações sobre sífilis na gestação em municípios do Noroeste do Paraná
Resumo
Introdução: Um terço das gestações de mulheres infectadas pelo Treponema pallidum não tratadas adequadamente pode resultar em perda fetal e outro terço em casos de sífilis congênita. Estudo sentinela realizado no Brasil em 2004 estimou em 1,6% a prevalência de sífilis na gestação. Em 2008 a OMS apontou em 12 milhões o número de pessoas infectadas pelo Treponema e dentre estas dois milhões de gestantes.
Objetivos: Descrever os casos de sífilis em gestante notificados no período de 2007 a 2012, em municípios localizados a noroeste do estado do Paraná.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Estudo descritivo, transversal com dados coletados do Sistema de Informação de Agravo de Notificação (SINAN), da 13ª Regional de Saúde, instância administrativa da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná. Dela fazem parte 11 municípios totalizando uma população de 145.037 habitantes (IBGE, 2012). As variáveis utilizadas para estudo foram as sociodemográficas (idade, escolaridade e ocupação); clínica e às relacionadas ao tratamento de parceiro.
Resultados: Foram notificados no período estudado 27 casos de sífilis em gestantes. O coeficiente de detecção de sífilis gestacional variou de 0,5 por 1000 nascidos vivos (NV) em 2007 a 5,4 por 1000 NV em 2012. O grupo etário mais acometido foram mulheres dos 20 aos 29 anos (n=16; 59,3%); donas de casa (n=18; 66,7%); até oito anos de escola frequentados (n=20; 74,1%); diagnóstico no terceiro trimestre (n=12; 44,4%); classificação como sífilis primária (n=10; 37%) e parceiro tratado em 13 gestantes (48,1%).
Conclusão ou Hipóteses: O coeficiente de detecção de sífilis gestacional aumentou no período estudado. Mulheres jovens, com menor escolaridade, sem vínculo empregatício foram mais acometidas. Dificuldades para tratar o parceiro foram identificadas no estudo.
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