Avaliação nutricional em crianças de uma escola municipal em Belém - PA

Resumo

Introdução: A desnutrição infantil é um problema de saúde pública nos países em desenvolvimento. A epidemiologia aponta que 60% das mortes em menores de 05 anos, nesses países, 60% são relacionadas à desnutrição. No Brasil, há coexistência de desnutrição, sobrepeso e obesidade, o que torna importante monitorar o estado nutricional da criança brasileira.

Objetivos: Avaliar o estado nutricional através da antropometria em crianças de 03 a 05 anos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Deputado João Carlos Batista. Avaliar crianças com alterações de crescimento. Investigar os fatores de risco nutricional. Avaliar os sinais clínicos de distúrbios nutricionais.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Trata-se de um estudo observacional de corte transversal realizado em crianças, com idade entre 03 e 05 anos, de ambos os sexos, devidamente matriculadas. A amostra foi de 70 que foram acompanhadas durante o ano de 2012. Foi aplicado um questionário contendo perguntas referentes a dados socioeconômicos e histórico alimentar. Avaliou-se o estado nutricional através dos dados antropométricos (peso e altura) e das curvas de avaliação do crescimento lançada em 2006 pela Organização Mundial de Saúde e preconizadas pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) do Ministério da Saúde. Foi feito o reconhecimento dos sintomas e sinais clínicos de alteração do estado nutricional.

Resultados: Com relação às condições socioeconômicas, 72,85% das crianças residiam em casa de alvenaria. Tratando-se do histórico nutricional e de nascimento, 94,28% das crianças nasceram a termo. Ao exame físico, as crianças estavam em bom estado geral, acianóticas, anictérias, eupneicas, afebris, hidratadas, sem gânglios palpáveis, sem alteração em fala, linguagem, ausculta cardíaca e pulmonar, porém 14,28% das crianças apresentaram palidez cutâneo-mucosa, sugerindo anemia carencial. De acordo com o desvio padrão (escore-Z.) correspondente ao índice nutricional, as criança foram diagnosticadas da seguinte forma: 91,42% das crianças estavam com peso e estatura adequados para a idade e eutróficas.

Conclusão ou Hipóteses: Apesar de baixos, os fatores de risco mais associados a possível alteração do estado nutricional foram: crianças com erro alimentar, crianças nascidas pré-termo e com baixas condições socioeconômicas. O sinal clínico que prevaleceu foi palidez cutâneo-mucosa, necessitando a confirmação por meio de exames laboratoriais mais específicos para diagnóstico de anemias e helmintíase.