Automedicação entre idosos: prevalência e fatores associados na ESF de Timóteo, MG

Daniel Riani Gotardelo, Lorena Silva Fonseca, Eugênio Rodrigues Masson, Lauro Nogueira Lopes, Vinícius Vinícius

Resumo


Introdução: O número crescente de idosos, muitas vezes portadores de doenças crônicas, favorece a ocorrência da polifarmácia (hábito de consumir vários medicamentos ao mesmo tempo) e da automedicação (uso de medicamentos sem a prescrição de um médico). Esses fenômenos podem potencializar os prejuízos causados por fármacos nessa população, tais como interações medicamentosas, reações adversas e toxicidade.

Objetivos: Determinar a prevalência da automedicação e fatores associados a essa ocorrência entre idosos cadastrados nas equipes da Estratégia Saúde da Família do município de Timóteo, MG.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Estudo de nível epidemiológico, seccional, utilizando-se amostra aleatória simples estratificada, representativa dos idosos cadastrados em 13 das 15 equipes da ESF. Foram realizadas 228 entrevistas domiciliares, em indivíduos com mais de 60 anos de idade, por meio de um formulário, após o consentimento dos sujeitos de pesquisa, entre os meses de abril e junho de 2012. Os dados foram analisados no programa Epi Info 3.5.3. O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (UnilesteMG), sob o número 46.267.11.

Resultados: 92,5% dos entrevistados utilizavam medicamentos prescritos exclusivamente por médicos, enquanto 1,1% fazia uso medicamentos devido à influência de veículos de comunicação e 6,5% por influência de médico mais familiar (ou) amigo (ou) vizinho (ou) balconista (ou) veículos de comunicação. Em relação à automedicação, não houve associação estatisticamente significante com gênero, idade, grau de escolaridade, número de medicamentos consumidos, número de consultas realizadas/médicos consultados/gastos com medicamentos nos últimos 4 meses, condição de saúde auto-referida, disponibilidade de plano de saúde e ocorrência de HAS, DM, câncer, doença pulmonar/mental/reumática ou cardíaca.

Conclusão ou Hipóteses: A prevalência de automedicação foi inferior à descrita na literatura (18%). É possível haver maior observância de critérios técnicos no cuidado da saúde dos idosos por parte das equipes da ESF, seja ela resultado da consciência dos riscos maiores a que estão sujeitos os idosos, seja consequência da própria gravidade dos quadros mórbidos a requerer assistência médica distinta e mais frequente.




Palavras-chave


Automedicação; Idosos; Prevalência

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