Altas taxas de cesarianas: uma realidade brasileira

Resumo

Introdução: O Ministério da Saúde preconiza uma taxa de no máximo 15% de cesarianas. Devido ao crescente numero, o governo brasileiro propôs uma campanha de incentivo ao parto normal em 2008. Atualmente, a Rede Cegonha reforça esta iniciativa do Governo. O estudo tem por base expor os índices do parto normal e cesáreo mediante dados obtidos no site da Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza e DataSUS.

Objetivos: O estudo tem como objetivo avaliar os indicadores de parto normal e cesáreo, ocorrido em um hospital municipal de referência na cidade de Fortaleza, vinculado a Rede Cegonha.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Foi realizada análise de sistemas de informações relativas ao Hospital Distrital Gonzaga Mota de Messejana referência do distrito de saúde, utilizando-se o bando de dados do SINASC e o DataSUS. Os dados obtidos abrangeram um período equivalente a janeiro de 2011 até agosto de 2012, SINASC, e janeiro a dezembro de 2010, DataSUS.

Resultados: Verificou-se a partir da analise dos dados que cerca de 40% dos partos realizados no período observado eram cesáreos, e esse número chegava a mais de 50% nos meses de maio e julho de 2012, superando a taxa de partos normais, o que vai de encontro a taxa preconizada pela Organização Mundial de Saúde. No Brasil esta frequência é semelhante (52,34%), no entanto o nordeste é a região com menor número de partos cesáreos (44,36%). A partir destes dados pode-se concluir que a taxa de partos do tipo cesáreo encontra-se elevada em comparação com os números preconizados mesmo no sistema público de saúde.

Conclusão ou Hipóteses: O grande problema desta prática é sua associação com as complicações maternas e fetais. O que mostra a falta de sensibilização dos profissionais para a importância do parto humanizado.