Atestados médicos para realização de atividades físicas

Resumo

Introdução: A solicitação de atestados médicos para a realização de atividades físicas tem sido motivo cada vez mais freqüente de consultas médicas na APS, provavelmente pela maior divulgação da mídia sobre óbitos ocorridos durante estas atividades pela mídia. Há controvérsias sobre qual conduta médica tem maior evidencia cientifica para que sejam feitos estes atestados da forma mais adequada.

Objetivos: O trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica com o objetivo de buscar as melhores evidências publicadas na literatura nacional e internacional para a realização de atestados médicos para a realização de atividades físicas na Atenção Primaria em Saúde.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Um grupo de médicos das Equipes de Saúde da Família de Uberaba, dentre estes preceptores e residentes de Medicina de Família e Comunidade, durante suas atividades no Grupo de Aperfeiçoamento da Prática Profissional (GAP) junto ao Programa de Educação Permamente (PEP), realizou um levantamento bibliográfico na literatura nacional e internacional sobre quais condutas deveriam ser adotadas para a realização de atestados médicos para a realização de atividades físicas, tendo sido notados que não há consensos publicados que uniformizem o assunto junto a literatura nacional.Ao final do estudo, elaborou-se um roteiro sobre a forma de se realizar tais atestados.

Resultados: Ao final da revisão bibliográfica foram sistematizados os seguintes tópicos: principais causas de morte súbita, principais sintomas a serem questionados na anamnese e sinais a serem observados no exame físico, quando e quais exames complementares devem ser realizados, quais os achados eletrocardiográficos podem sugerir alertas, e detalhados casos específicos de atestados para: gestantes, crianças e adolescentes, hipertensos, diabéticos e portadores de DPOC.

Conclusão ou Hipóteses: A revisão permitiu conhecer os principais critérios adotados para a liberação de pessoas para a realização de atividades físicas. Constatou-se que ainda há muitas divergências sobre quais exames complementares devem ser realizados e para quais grupos populacionais. Durante e após a realização desta revisão os participantes começaram a utilizar com maior freqüência as recomendações encontradas.