Mortalidade por causas externas em São Luís - MA
Resumo
Introdução: Para o Ministério da Saúde as causas externas têm importância na saúde pública em função da sua magnitude, gravidade, vulnerabilidade e impacto social sobre a saúde individual e coletiva. Sua presença crescente tem contribuído para a diminuição da expectativa e qualidade de vida de jovens e adolescentes, além do aumento dos cuidados e custos decorrentes nos diversos setores sociais (BRASIL, 2008).
Objetivos: Caracterizar os óbitos por causas externas ocorridos em São Luís - MA do ano de 2005 a 2010: Identificar os tipos de óbitos; relaciona-los com a variável sexo, faixa etária, raça e local de ocorrência; verificar a frequência dos óbitos de acordo com o tipo de causa externa.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Pesquisa retrospectiva, descritiva, com abordagem quantitativa. Baseou-se em dados secundários do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde no DATASUS. A população foi constituída de 5.537 óbitos por causas externas, registradas no período de 2005 a 2010 em São Luís- MA. Foram utilizadas categorias classificadas no SIM com os códigos do capítulo XX da CID-10. Os Softwares utilizados neste estudo serão o Microsoft Office Word 2010, Microsof Windows 7 e o Microsoft Excel para elaboração de tabelas e gráficos, TABWIN (versão 3.4) para extração dos dados provenientes do SIM.
Resultados: Foram registrados no período em estudo 42.648 óbitos, destes 5.352 (12,5%) corresponderam às CEX. As causas foram: ATT (1547), homicídios (2518), suicídios (216), outros (880), indeterminado (191). Por sexo: nos homicídios (95,2% Masc. e 4,8% Fem.); ATT (80%Masc. e 20% Fem.); no suicídio (79,1% Masc. e 20,8% Fem.); nos outros acidentes (70% Masc. e 30,0% Fem.); nas causas indeterminadas (85,3% Masc. e 14,6% Fem.). Idade: de 0 a 14 (ATT, afogamento e queimadura); maiores de 60 (ATT e queda); dos 20 a 29 anos (homicídio); dos 20 a 29 anos (suicídio). Raça/cor: 82,2% com pessoas da raça negra (pardos e pretos). Local dos óbitos: 55,6% no hospital, 13,1% na via pública e 7,47% no domicílio.
Conclusão ou Hipóteses: O perfil dos óbitos estudados foi semelhante ao nacional. Ao se entender as causas externas como eventos preveníveis, devem coexistir, nos diferentes setores sociais, incentivos para que a população pratique ações de autocuidado, preservação pela vida e o respeito ao próximo. Assim como políticas públicas específicas voltadas aos grupos vulneráveis, esses detectáveis na Atenção Básica de saúde.
Palavras-chave
Texto completo:
Sem títuloApontamentos
- Não há apontamentos.