Prevalência de sobrepeso e obesidade em estudantes de uma escola do Recife - PE

Resumo

Introdução: O excesso de peso na infância configura-se uma epidemia em escala global. A globalização, transformando os mercados, exerce uma forte influência no processo de transição nutricional que vem ocorrendo também no Brasil nas últimas décadas. Para estabelecer eficazes intervenções práticas é preciso entender a dimensão, as tendências e os fatores de risco do excesso de peso nas realidades locais.

Objetivos: Determinar a prevalência das condições de sobrepeso, obesidade e obesidade grave de acordo com os padrões da OMS, nos estudantes da Escola Municipal de Água Fria, Recife - PE.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Trata-se de um estudo de prevalência, realizado utilizando dados antropométricos coletados através das fichas de avaliação global do Projeto de Saúde na Escola (PSE). O Índice de Massa Corporal (IMC) foi calculado com o programa WHO AntroPlus e os diagnósticos de sobrepeso, obesidade e obesidade grave foram feitos utilizando-se as curvas padrão da OMS como parâmetro de referência.

Resultados: Avaliamos 154 crianças entre 5 e 14 anos (80% do total de escolares), sendo 86 meninos (56% do total). A prevalência de crianças com IMC para idade acima do normal foi de 31,1% (48 crianças, sendo 26 do sexo masculino). A prevalência de sobrepeso foi de 15,6% (16 meninos e 8 meninas), a de obesidade foi de 9,1% (5 meninos e 9 meninas) e a de obesidade grave foi de 6,5% (10 crianças, sendo igual entre os sexos). Em termos absolutos, uma quantidade maior de escolares de sexo masculino apresentou IMC para idade acima do normal, onde a maioria estava na faixa do sobrepeso. Menos crianças de sexo feminino estavam com IMC alterada, mas grande parcela dessas estava com obesidade ou obesidade grave.

Conclusão ou Hipóteses: Os resultados apresentados evidenciam a necessidade de uma atuação mais efetiva de prevenção e combate à obesidade, tendo em vista as múltiplas causas envolvidas na gênese do problema. Entende-se ainda, que é necessário realizar futuras avaliações dos hábitos alimentares das crianças, a fim de obter subsídios para intervenções que visem minimizar a tendência crescente da epidemia de obesidade.