Incidência de depressão em pacientes diabéticos em uma unidade de saúde
Resumo
Introdução: Segundo a Organização Mundial da Saúde, 346 milhões de pessoas possuem diabetes no mundo, o Diabetes Mellitus é responsável pelo falecimento de 1,26 milhões de pessoas e está entre as dez principais causas de morte em um nível mundial. Um em cada três diabéticos possui depressão e a proporção de comportamentos depressivos no grupo diabético é duas vezes maior em relação ao grupo não-diabético.
Objetivos: O objetivo do presente estudo foi determinar a incidência de depressão e relacionar a fatores associados em pacientes portadores de Diabetes Mellitus atendidos na Unidade de Saúde da Família do Pirajá, Belém, Pará.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Para tal, foram realizadas entrevistas baseadas no teste Beck Depression Inventory (BDI), no qual foi quantificado o nível de depressão e analisadas questões como o pensamento suicida, a irritação e a preocupação com a saúde; e em um protocolo sócio-econômico, contendo as variáveis idade, sexo, estado civil, escolaridade e renda. A casuística utilizada foi de 60 pacientes, que foram atendidos nesta unidade de saúde nos meses de julho, agosto, setembro, outubro e novembro de 2012. O resultado final foi comparado a uma pontuação modelo para determinar a severidade do quadro depressivo.
Resultados: Dentre os pacientes diabéticos entrevistados, 35% apresentaram níveis de depressão de leve a severo, assim como significativas associações de depressão com baixa renda familiar, irritação e preocupação com a saúde. Observou-se que pacientes com menor renda família e com graus maiores de irritação e preocupação com saúde obtiveram pontuações maiores no teste BDI, ficando enquadrados no grupo com nível depressivo de leve a moderado. no entanto, não foram evidenciadas relações estatisticamente significativas entre a pontuação do BDI com as seguintes variáveis: sexo, estado civil, escolaridade e pensamento suicida.
Conclusão ou Hipóteses: Portanto, estudos sobre a influência de sintomas psicológicos do Diabetes Mellitus são necessários para uma melhor intervenção e controle da doença. O Programa Saúde da Família tem buscado o envolvimento da estrutura familiar, propondo com maior viabilidade e resolutividade a prevenção e o cuidado das doenças crônicas.
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