Implementar cuidado com crianças e gestantes pelas ESF: uma perspectiva de vida

Resumo

Introdução: : As ESF da ASF atuam em regiões periféricas e centrais do município de SP com alto grau de pobreza e violência sendo o crescimento e desenvolvimento das crianças consequência direto destas condições e muitas vezes alterações importantes passam despercebidas por entrarem numa aparente "normalidade" considerando-se as condições em que estas pessoas vivem.

Objetivos: re(construir) com as 122ESF e NASF atenção integral à saúde da gestantes e crianças garantindo o acesso e o cuidado principalmente das gestantes e crianças de risco, incorporando aos riscos biológicos, os riscos psíquicos e sociais numa perspectiva de co-responsabilização comunitária.

Metodologia ou Descrição da Experiência: sensibilização, capacitação dos profissionais, notadamente ACS, para identificar alterações do crescimento-desenvolvimento das crianças e gestantes; elaboração de instrumento de gestão do cuidado; elaboração de critérios de risco materno-infantil; monitoramento dos encaminhamentos para as especialidades como uma forma de educação permanente; sensibilização dos conselhos gestores das UBS para o cuidado com as crianças e gestantes, identificação dos riscos e situações de vulnerabilidade, reconhecimento e fortalecimento das redes de proteção existentes, incluindo creches e escolas.

Resultados: Resultados preliminares: criação do grupo multiprofissional para elaboração das linhas de cuidado materno infantil, elaboração da classificação de risco; implantação da classificação de risco; sensibilização de todos os gerentes e ESF; inclusão da linha materno infantil no planejamento das ESF para 2013; classificação de risco das crianças e gestantes em andamento; criação nas UBS do grupo de monitoramento dos encaminhamentos das crianças e gestantes para as especialidades; capacitação de 30% dos ACS no monitoramento do crescimento e desenvolvimento.

Conclusão ou Hipóteses: Pode-se observar mudanças nas VD dos ACS como a identificação de alterações no crescimento e desenvolvimento das crianças antes não percebidas; aumento de consultas matriciais entre profissionais das ESF e NASF, evidenciação de situações de risco antes não identificadas como autismo, violência domiciliar entre outras.