Impacto econômico das hepatites virais no Pará de 2008 a 2011
Resumo
Introdução: As hepatites apresentam variação de incidência e prevalência de acordo com a região geográfica. No Brasil, estão entre as doenças transmissíveis endêmico-epidêmicas que são um desafio para a saúde pública e são responsáveis por um grande número de internações hospitalares. Os gastos estimados com procedimentos e medicamentos representam os principais componentes de gasto com hepatites.
Objetivos: Identificar os impactos econômicos das hepatites virais no Estado do Pará no período de 2008 a 2011.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Estudo ecológico, transversal, observacional, retrospectivo e descritivo, com base em uma série temporal de casos de hepatites virais notificados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e informações do Sistema de Informações Hospitalares (SIH), no Pará. A amostra foi constituída por casos notificados de hepatites virais no banco de dados da Secretaria Estadual de Saúde na versão SINANW. Os casos estudados receberam Autorizações de Internações Hospitalares (AIHs) devido doenças do fígado, não alcoólicas, no Estado do Pará no período de 2008 e 2011; as informações das quantias dos gastos com as internações em doenças do aparelho digestivo foram retiradas do SIH-SUS.
Resultados: Observou-se que o valor médio em reais da AIH para doenças do fígado, não alcoólicas, foi de R$ 1026.88, sendo a terceira mais cara dentre as doenças do aparelho digestivo. Por ano são pagas, em média, 1188,5 AIHs e o paciente permanece internado por aproximadamente 9,7 dias. O valor total pago por ano para as AIHs referentes às doenças do fígado, não alcoólicas, é de R$ 1.076.606,70. O custo com os serviços prestados, por ano, é de R$ 1.223.690,75 e o custo com os profissionais, por ano, é de R$ 147.084,40.
Conclusão ou Hipóteses: Constatou-se que os gastos em relação às hepatites virais no Estado do Pará são elevados, devido às várias internações hospitalares, principalmente pelo grande número de AIHs pagas e pelos vários dias de internação. Os custos aumentam à medida que a doença passa a estágios mais avançados. Dessa forma, retardando a progressão da doença, pode-se reduzir os gastos com as hepatites a longo prazo.
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