A adesão dos pacientes hipertensos aos medicamentos numa comunidade do interior cearense

Resumo

Introdução: A hipertensão arterial é uma doença com elevada prevalência no mundo, segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) afeta cerca de 30% da população adulta no Brasil, o índice é maior em indivíduos com mais de 60 anos. Os diuréticos, inibidores da ECA e betabloqueadores dos canais de cálcio são as classes de anti - hipertensivos que podem ser utilizados para controlar os valores pressóricos.

Objetivos: fazer um levantamento do n´mero de pacientes que aderem à terapêutica medicamentosa para o controle da hipertensão.

Metodologia ou Descrição da Experiência: trata-se de estudo descritivo com abordagem quantitativa, foi realizado por uma equipe de Estratégia Saúde da Família em uma comunidade no interior do Ceará, a coleta de dados foi feita através de um questionário com múltiplos questionamentos no período de setembro a novembro de 2012. A amostra foi composta por 115 pacientes, foi feito um levantamento sobre a faixa etária, sexo, hábitos, tempo do diagnostico, adesão e entendimento sobre a terapêutica medicamentosa. Todos aceitaram participar livremente da pesquisa.

Resultados: foram entrevistados 63 homens e 52 mulheres, 62,2% (75) destes pacientes eram maiores de 60 anos o que demonstra o que evidencia a literatura em que a hipertensão arterial atinge em maior índice essa faixa etária. 50,4% relatam serem tabagistas, 40,8% afirmaram tomar as medicações prescritas rotineiramente, 33,9% afirmaram tomar a medicação apenas quando apresentava algum sintoma e 25,2% relataram não aderir à terapêutica. A maioria relatou terem sidos orientados sobre a importância da adesão ao tratamento para o controle da hipertensão, no entanto, por razões muitas vezes culturais não seguem o que é recomendado pela equipe de saúde.

Conclusão ou Hipóteses: A hipertensão arterial atinge principalmente os homens, sendo comum na faixa etária acima de 60 anos permanecendo como fator de risco para acidente vascular encefálico, a maioria refere estar ciente da importância da adesão ao tratamento para o controle da pressão arterial, porém, ainda é alto a abstenção a terapêutica.