Fatores protetores que contribuem para a redução no número de óbitos infantis
Resumo
Introdução: Os fatores de proteção podem contribuir para a redução na mortalidade infantil. Um bom relacionamento familiar consiste em um importante fator protetor. A quebra da estrutura familiar não leva diretamente ao aparecimento de distúrbios clínicos, porém alguns traços como crescimento emocional estável, independência e responsabilidade podem ser afetados por essa ruptura.
Objetivos: Determinar os fatores de proteção à família que contribuem para a redução do número de óbitos infantis em menores de um ano; avaliar de que forma esses fatores protetores podem ter contribuído para a redução no número de óbitos nessa faixa etária.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Estudo de corte transversal qualitativo com 38 mães de crianças com idade de até um ano de vida em 2010, realizado na Unidade de Saúde da Família de Guaxuma em Maceió-AL, por meio de entrevista semidirigida levando em consideração aspectos como adaptação, companheirismo, desenvolvimento, afetividade e capacidade resolutiva visando avaliar a percepção materna em relação ao apoio recebido de familiares. As informações expressas nas falas das entrevistadas foram categorizadas baseando-se na Análise Temática de Conteúdo (Bardin, 1977). Para tanto, realizou-se uma triangulação (dois autores individualmente buscaram as categorias e um terceiro concluiu pela escolha ou síntese de ambos).
Resultados: Após analise qualitativa e categorização realizada a partir das falas das mães entrevistas, as categorias mais prevalentes foram: apoio, identificado em 40,38% das falas; e auxílio intrafamiliar, troca de experiências e presença paterna, representando 9,62% cada; além destas, outras categorias como: diálogo, aconselhamento, relação afetiva, rejeição, segurança, falta de apoio, desunião e frustração foram identificadas nos depoimentos, porém com pequena expressão percentual.
Conclusão ou Hipóteses: Aspectos da dinâmica familiar como afetividade, adaptação, capacidade resolutiva, desenvolvimento e companheirismo contribuíram para regressão dos óbitos infantis nesse estudo. A percepção materna tem grande importância para o desenvolvimento infantil. A freqüência do relato da afetividade e da categoria “apoio” foi relevante nesse aspecto.
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