Estratégia intervencionista em saúde ocular de crianças em Mossoró - RN – projeto pet-saúde

Resumo

Introdução: A visão é o principal elo entre homem-ambiente. O dano à saúde ocular configura importante entrave ao desenvolvimento da criança. Cerca de 50% desses agravos podem ser prevenidos. Contudo, no Brasil, o acesso aos serviços é muito deficiente. Diante da importância da detecção precoce de oftalmopatias, evidenciou-se a necessidade de intervenção na saúde ocular infantil em Mossoró-RN.

Objetivos: Detecção e tratamento precoce de distúrbios visuais com o intuito de prevenir lesões irreversíveis em crianças com idade entre 06 e 10 anos nas Unidades Básicas de Saúde contempladas pelo Programa PET-Saúde, na cidade de Mossoró.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Neste estudo avaliou-se a acuidade visual (AV) de crianças entre 6 e 10 anos, assistidas pela Estratégia Saúde da Família (ESF) em 03 unidades albergadas pelo Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET-Saúde) em Mossoró-RN, no ano de 2009. Primeiro, fez-se pesquisa de queixas visuais através de questionário específico. Então, avaliou-se a AV dos infantes via escala de optótipos de Snellen. Àqueles com algum déficit visual foram enviadas ao serviço especializado de oftalmologia do Centro Clínico Professor Vingt-Un Rosado. Nos casos de alterações ao exame, foi prescrita correção óptica.

Resultados: Ao final de todas as ações, foram examinadas 187 crianças, sendo 54 destas encaminhadas para avaliação oftalmológica especializada. Como motivos para encaminhamento tivemos: baixa de acuidade visual, diferença de acuidade entre olhos, queixas visuais, estrabismo, déficit neurológico, glaucoma e outros. Compareceram ao serviço de referência 33 crianças e 17 destas (51%) necessitaram de correção. Os infantes que apresentaram erros refratários e indicação de uso de óculos receberam este através da prefeitura de Mossoró.

Conclusão ou Hipóteses: Esta estratégia intervencionista apresenta grande potencial de prevenção e reabilitação da saúde ocular. Conhecendo os diversos prejuízos que a baixa de AV pode acarretar em escolares e diante do percentual significativo de crianças encaminhadas ao especialista e que apresentaram alguma ametropia, conclui-se que sua aplicação contínua proporcionará grande impacto na comunidade.