Puérperio na Atenção Básica: o olhar para a saúde mental

Resumo

Introdução: Atualmente com o avanço das políticas públicas de saúde e as novas estratégias de atenção primária em saúde, o cuidado em saúde mental exige atenção em todos os níveis de complexidade, dentre eles o ambiente de Atenção Básica. Nesse contexto, chamamos atenção para a saúde da mulher que, no estado gravídico puerperal é vulnerável aos transtornos de ordem psicossocial.

Objetivos: Apreender como os Enfermeiros da Atenção Básica reconhecem o cuidado de enfermagem em saúde mental no atendimento às mulheres puérperas.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Trata-se de uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório descritivo desenvolvido a partir de um plano de trabalho de iniciação científica. As entrevistas foram realizadas em três unidades da rede de saúde pertencentes ao Distrito D´agua, no município de Belém- PA, onde foram entrevistadas 03 enfermeiras que atendem mulheres no ciclo gravídico puerperal. A coleta de dados foi conjugada, realizada por meio de entrevista e observação simples durante a rotina de atendimento. A análise de dados seguiu-se os passos preconizados por Minayo (2008). Esta pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética, com parecer favorável nº 022/11 CEP-ICS/UFPA.

Resultados: A pesquisa constituiu-se primeiramente pela construção da fundamentação teórica, em periódicos indexados e construção de banco de dados. A análise desenvolveu-se a partir da unidade temática, a saber: “Reflexões sobre Puerpério e saúde mental na Atenção Básica” que revelou o reconhecimento, do objeto de pesquisa por parte das enfermeiras, as quais destacam que as ações de cuidado em saúde mental no puerpério no contexto da estratégia de saúde da família precisam ser construídas de forma efetiva. Elas trazem ainda a fala que, apesar de terem a possibilidade de realizar ações no domicílio destas mulheres, pouca atenção é dada para aspectos referentes à saúde mental das mesmas.

Conclusão ou Hipóteses: Compreendemos que é necessário um trabalho permanente de educação em saúde, capacitação, sensibilização e ainda, a realização de estudos que demonstrem a necessidade de atenção aos diferentes aspectos da saúde da mulher, corroborando assim com as diretrizes do Ministério da Saúde que aponta para a apropriação, autonomia e maior controle sobre a saúde, o corpo e a vida.