Prevalência de hipertensão e diabetes – comparativo de dados: SIAB x prontuários
Resumo
Introdução: O cadastro dos hipertensos e diabéticos nos serviços ambulatórias do SUS geram informações para os gestores e visam garantir o recebimento da medicação prescrita e, em longo prazo, o acompanhamento e o controle adequado dessas patologias. Para o gestor é importante entender quanto esta informação é representativa da situação dos hipertensos/diabéticos na Estratégia de Saúde da Família (ESF).
Objetivos: Comparar as informações obtidas no SIAB (Sistema de informação da Atenção Básica) - Relatório da Situação de Saúde e Acompanhamento das Famílias na área/Equipe (Ficha SSA2) com as informações obtidas nos prontuários de todos os pacientes em atendimento na ESF.
Metodologia ou Descrição da Experiência: A Unidade organiza-se em quatro microáreas (MA) e três agentes comunitários de saúde (ACS), sendo uma delas sem ACS no momento. Foram revisados todos os prontuários buscando identificar os hipertensos e diabéticos e analisar informações sobre a data da ultima consulta, os exames de acompanhamento, os níveis pressóricos, os medicamentos em uso, o peso/altura, consumo de álcool ou tabaco. Os pacientes foram identificados conforme a microárea de residência e os dados foram comparados com os informados no SIAB no ultimo mês. As revisões de prontuário e a tabulação dos dados foram feitas por alunos do PET-saúde, previamente treinados.
Resultados: Comparando os dados, em relação a diabéticos, nas microáreas 1, 2,3 e 4, estão cadastrados: 28, 29,19 e 16 pacientes no SIAB e 41, 57,37 e 30 pacientes pelos prontuários. E hipertensos: 62, 57, 65 e 60 pacientes pelo SIAB e 124, 139,109 e 100 pacientes pelos prontuários. Totalizando 92, 165 DM e HAS pelo SIAB e 165 DM e 472 HAS pela revisão de prontuários. Os dados mostram que o SIAB relaciona 55,8% dos DM e 45,3% dos HAS. Comparando os dados relatados na área sem ACS (MA4) com as áreas com ACS se observa diferença de no máximo 10% de cadastramento. Os percentuais de pacientes que não consultam há mais de um ano são respectivamente: 36,5%, 30,4%, 24,1% e 36,9% para as áreas 1, 2, 3 e 4.
Conclusão ou Hipóteses: O SIAB informa aproximadamente a metade dos indivíduos cadastrados e não dá informação sobre a qualidade deste acompanhamento. Modificações nos dados informados no SIAB e repensar o papel dos agentes no auxilio ao controle de doenças crônicas são desafios importantes da Atenção Primária a Saúde.
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