Oficina cuidando do cuidador. Que cuidador?? Eu?!

Ana Claudia Santos Chazan, Celia Jorgina da Silva

Resumo


Introdução: Alguns dos desafios enfrentados por nós, profissionais de saúde, é o trabalho em equipe. Nem sempre estamos conscientes de nossas necessidades de cuidado ou de nossas funções de cuidadores da equipe em que participamos. Ratificando, na apresentação desta oficina, muitos ficaram surpresos ao perceberem que a mesma não tinha como foco os cuidadores leigos.

Objetivos: Apresentar aos participantes um espaço de reflexão sobre a relação entre trabalho e sua saúde, troca de experiências sobre situações difíceis do trabalho e suporte para a identificação de estratégias grupais de enfrentamento, com base na comunicação efetiva entre os membros da equipe de saúde.

Metodologia ou Descrição da Experiência: A oficina foi planejada e coordenada por duas docentes da área da saúde com formações distintas. Ofereceu-se 30 vagas para os participantes do Congresso da Associação de Medicina de Família e Comunidade do Rio de Janeiro de 2012, realizado em Petrópolis. Foram usadas metodologias ativas de aprendizagem e as seguintes estratégias didáticas: dinâmicas grupais para apresentação e integração dos participantes, reflexão, hierarquização e exposição dos problemas que afetam a saúde e consenso sobre a eleição de prioridades, dramatização e avaliação. Duração: 3h.

Resultados: Os participantes conheceram: pessoas corajosas com experiências distintas e problemas parecidos; novos métodos de aprendizagem, a necessidade de planejamento, envolvimento e participação social, comunicação, como cuidar de si; sentiram: impotência, angústia, frustração, desânimo, alívio, acolhimento, compreensão, vontade de ouvir o outro, que foi útil, que o problema é coletivo, a relação interpessoal é difícil e levaram: a importância do controle social, respeito mútuo para encontrar solução, cooperação, esperança, força, conhecimento, orientação, vínculo, expectativas, reflexão, vontade de solucionar problemas e resolver conflitos, melhorar a ESF, coisas que estavam esquecidas.

Conclusão ou Hipóteses: As equipes da ESF enfrentam muitos desafios no cotidiano de trabalho. Os grupos de reflexão sobre a tarefa assistencial podem ajudar na: identificação, prevenção e atenuação do desgaste relacionado ao trabalho; no desenvolvimento da empatia, do cuidado e do vínculo entre os membros da equipe, na identificação de temas para a educação permanente; na resolubilidade e na satisfação das equipes.


Palavras-chave


Saúde do Trabalhador; Trabalho em Equipe; Grupo de Reflexão

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