Mudança da assistência farmacêutica em uma unidade com duas equipes de ESF

Anali Duarte Ortigoso Carbi Pontes Martins, Estael Luzia Coelho Madeira da Cruz, Jovita Carolina Plaza Sousa, Nádia Santos Miranda Duarte

Resumo


Introdução: A equipe de Saúde da Família na sua prática diária de atenção pode se deparar com situações de instabilidade de funções vitais, com ou sem risco de morte imediata ou mediata, justificando a utilização de medicamentos de emergência. De acordo com o princípio de integralização do SUS e a portaria GM/MS nº2048/023, é de sua responsabilidade o atendimento dessas emergências de baixa complexidade.

Objetivos: Frente a incorporação de uma nova equipe em uma unidade de saúde da família, o presente trabalho visa descrever a mudança na resolubilidade da demanda espontânea, bem como o efeito desta equipe extra na assistência farmacêutica de uma unidade de saúde da família em Ribeirão Preto-SP.

Metodologia ou Descrição da Experiência: Tendo como recurso a análise da necessidade de medicamentos de emergência a fim de manter um estoque suficiente para atender à demanda populacional, foi observada uma mudança no perfil da utilização destes concomitantemente à inserção da nova equipe. No período de Setembro de 2012 a Fevereiro de 2013 foram avaliados 6 meses de consumo sendo, os 3 primeiros, anteriores à chegada da equipe extra e, os demais, de trabalho das duas equipes em conjunto. A análise foi baseada na entrada e saída dos medicamentos na unidade durante os respectivos meses, comparando a demanda do primeiro com o segundo trimestre.

Resultados: Foi observado que no primeiro trimestre, com apenas uma equipe na unidade, foram utilizados analgésicos, anti-espasmódicos, antiulcerosos e realizadas terapias de reposição de eletrólitos, medicações paliativas, em maior frequência se comparado ao segundo trimestre. Em contrapartida, com o trabalho da equipe ampliada foi verificado que a demanda prevaleceu sobre os anti-hipertensivos, simpatomiméticos, anti-inflamatórios esteroidais e não-esteroidais, antieméticos e anti-histamínicos, medicações emergenciais, sendo que em alguns casos a sua utilização excedeu o triplo da freqüência de uso dos mesmos.

Conclusão ou Hipóteses: Pode-se observar que a inserção de uma nova equipe viabilizou uma assistência mais resolutiva aos usuários, conferindo uma atenção à saúde de modo integral. Sugere-se ainda uma menor sobrecarga aos serviços de pronto atendimento, facilitando o fluxo de pacientes e permitindo um atendimento mais direcionado e qualificado.

 



Palavras-chave


Assistência Farmacêutica; Saúde da Família; Demanda Espontânea.

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