Implantação do programa do tabagismo na 15ª região de saúde, Crateús - CE.

Maria do Carmo Rodrigues Soares Morais, Maria do socorro Cardoso Machado, Maria Socorro Leitão Lima, Sônia Maria Cavalcante Costa

Resumo


Introdução: O tabagismo é reconhecido como uma doença epidêmica resultante da dependência de nicotina. É classificado pela OMS no grupo dos transtornos mentais e de comportamento decorrentes do uso de substâncias psicoativas. Em 1989 o MS assumiu por intermédio do INCA, o papel de organizar o Programa Nacional de Controle do Tabagismo.

Objetivos: Objetivando reduzir a prevalência de fumantes e sua morbimortalidade, a 15ª Região de Saúde resolveu implantar o Programa de Controle do Tabagismo, baseando-se na Portaria SAS Nº 442/2004, que amplia a abordagem e tratamento do tabagismo para a atenção básica e média complexidade.

Metodologia ou Descrição da Experiência: em março/2011 o Núcleo de Mobilização Social da Regional iniciou o processo de visibilidade do programa na região, divulgando na mídia local sua importância; em abril/2011 os Secretários de Saúde da Região foram sensibilizados em reunião do Colegiado Intergestor Regional para a implantação do programa em seus municípios; em maio/2011 dois profissionais de saúde, 01 médico e 01 enfermeiro foram capacitados por técnicos do MS na Abordagem e Tratamento do Fumante, passando a ser multiplicadores em âmbito regional; em junho/2011 os demais profissionais da ESF foram capacitados e o programa foi implantado em 07 dos 11 municípios.

Resultados: Como resultados preliminares, no período de julho/2011 à julho/2012 foram formados 12 grupos de tabagistas entre os municípios que fizeram adesão, com um total de 202 pessoas inscritas na 1ª consulta de avaliação clínica; os grupos tem uma duração de 04 à 06 meses; na última consulta estavam presentes 137 pessoas, das quais 99 pararam de fumar (49%) com a ajuda de medicamentos, demonstrando que a abordagem cognitiva comportamental não obteve êxito nesse momento; 38 permaneceram fumando (19%) e 65 abandonaram o tratamento (32,%); aumento do número de fumantes que procuram esse apoio estimulados por um contexto social cada vez mais desfavorável ao consumo de tabaco.

Conclusão ou Hipóteses: Concluímos que se faz necessário um apoio maior da gestão municipal ao Programa, e a implantação da Câmara Técnica de Assistência Farmacêutica em âmbito regional com ênfase no tabagismo, para um melhor assessoramento às equipes técnicas que se dedicam no desafio de implantar e implementar políticas públicas que reduzam os coeficientes de morbimortalidade das doenças relacionadas ao tabagismo.






Palavras-chave


Tabagismo; Fumantes; Doença.

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