Tuberculose: perfil dos pacientes de um centro de saúde da família, 2008-2012.
Resumo
Introdução: A eliminação da tuberculose no Brasil está distante,apesar dos recursos tecnológicos existentes.A coinfecção TB/HIV e cepas resistentes são desafios adicionais.O Brasil é um dos priorizados pela OMS e concentra 80% da carga mundial.Em 2009,foram 72 mil casos novos,e um coeficiente de incidência de 38/100.000hab.Destes,41mil bacilíferos.
Objetivos: Traçar um perfil epidemiológico de casos novos de Tuberculose em um Centro de Saúde da Família (CSF) ,em Fortaleza,CE,no período de 2008 a 2012.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Tratou-se de uma pesquisa de campo quantitativa. Foi analisado o banco de dados de tuberculose do Sistema Nacional de Agravos de Notificação – SINAN, referente ao CSF Irmã Hercília,do município de Fortaleza,CE,no período de 2008 a 2012, utilizando o StataSE 9.Variáveis analisadas:distribuição de casos por ano,sexo,idade,situação de encerramento,forma da doença,resultado do teste tuberculínico,tipo de tratamento,agravos associados,uso de drogas ou outro agravo.
Resultados: Foram notificados 145 CN de TB de 2008 a 2012,sendo 25(17,24%) em 2008,31(21,38%) em 2009,35(24,14%) em 2010,33(22,76%) em 2011 e 21(14,48%) em 2012.Dos 145 casos,68 sexo feminino e 77 masculino.A idade média do feminino foi 36 anos e masculino,40 anos.A forma de TB que se destacou foi a pulmonar com 130 casos.No teste tuberculínico:06 não-reator,02 reator-fraco,20 reator-forte e 112 não realizaram.Tipo de tratamento:70 foram supervisionados e 72 não.Encerramento:117(80,69%) foram encerrados e 28(19,31%) continuam em tratamento.Situação de alta:65,81% alta por cura,20,51% abandono,2,56% óbito por TB.Quanto ao uso de drogas ilícitas ou outros agravos:8,97% usam drogas e 82,07% outros agravos.
Conclusão ou Hipóteses: Tuberculose predominou na população masculina, em plena idade produtiva. Forma pulmonar, mais freqüente. Tratamento: quase 50% realizou o supervisionado. Encerramento: alto índice de abandono, além do preconizado pelo MS. Necessidade de maior articulação no contexto da área adscrita do CSF para otimizar os indicadores, implementar a T.D.O. e favorecer ações intersetoriais no controle da TB.
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