Transtorno mental comum na Atenção Primária à Saúde
Resumo
Introdução: Transtornos Mentais Comuns estão entre os Transtornos Mentais mais observados na Atenção Primária à Saúde. Formas de sofrimento mental que alteram o funcionamento diário das pessoas. Relação frequente com fatores econômicos, condições clínicas e chance de agravamento e cronificação. Percebe-se a forte ligação com a Medicina de Família, pois são frequentes nos pacientes acompanhados pelas equipes.
Objetivos: Compreender como se dá a abordagem aos Transtornos Mentais Comuns (TMC) na Atenção Primária à Saúde (APS) sob a ótica da medicina centrada na pessoa. Descrever estudo de caso com abordagem aos TMC na APS, destacando a abordagem centrada na pessoa.
Metodologia ou Descrição da Experiência: Pesquisa qualitativa. Utilizado estudo de caso para retratar com fidelidade a abordagem ao TMC na APS, destacando a importância da abordagem centrada na pessoa e o trabalho interdisciplinar. Realizado no território adscrito da equipe de Saúde da Família responsável pela microárea do Lagamar. Parceria com as equipes da Residência em Medicina de Família e Comunidade do Sistema Municipal de Saúde Escola de Fortaleza e com a equipe de Matriciamento em Saúde Mental. Coleta de dados: prontuário, genograma, PRACTICE, linha da vida e ficha de matriciamento em saúde mental. Foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa da Escola de Saúde Pública do Ceará.
Resultados: Maior proximidade do contexto sociocultural; a comunicação foi fundamental para a condução do caso e promoção do vínculo entre médico – equipe – usuário; através das ferramentas de família conheceu-se melhor a pessoa e seu contexto familiar e comunitário; o matriciamento em Saúde Mental teve papel fundamental no diagnóstico do TMC e no plano terapêutico. A experiência vivida neste caso leva a se acreditar que para uma equipe de Saúde da Família atingir no território a equidade, integralidade, universalidade e participação comunitária, precisaria vivenciar o contexto da realidade vivida (violência, tráfico de drogas, pobreza, conflitos familiares) pelas pessoas que nele residem.
Conclusão ou Hipóteses: O trabalho multidisciplinar (equipe de saúde da família) e intersetorial (matriciamento em saúde mental) facilitou a abordagem do caso. O método centrado na pessoa, junto às ferramentas de família esclareceram o contexto de vida da paciente, possibilitando a elaboração do plano terapêutico. A consolidação dessas práticas no território torna mais efetivo o diagnóstico e acompanhamento dos TMC.
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