Curso de LIBRAS em saúde IFMSA UEPA

Resumo

Introdução: Segundo o capítulo VII do decreto de lei n°5626/05, de 22 de Dezembro de 2005,os profissionais de saúde devem atender de modo diferencial as pessoas com deficiência auditiva, usuárias da Linguagem Brasileira de Sinais (LIBRAS). Para que isto ocorra, faz-se necessário complementar a formação destes profissionais com um curso que lhes permita saber o básico da comunicação em LIBRAS.

Objetivos: Trazer aos acadêmicos da área da saúde conhecimentos básicos sobre LIBRAS, para que estejam aptos a atender de forma satisfatória um paciente surdo, entendendo suas queixas e sintomas relatados e também sendo entendidos em suas orientações e recomendações ao paciente.

Metodologia ou Descrição da Experiência: O curso de LIBRAS em saúde foi criado e organizado por estudantes de medicina da UEPA (coordenadores locais da ONG IFMSA-BRAZIL). Foi realizado por 2 anos consecutivos e teve carga horária de 30 horas. As aulas ocorreram semanalmente em uma das salas do CCBS- UEPA e foram ministradas por um professor surdo capacitado para ensinar LIBRAS. Durante as 4 primeiras aulas o curso contou com a presença de uma intérprete ouvinte, que ajudou os alunos no primeiro contato com a LIBRAS e também realizou 2 palestras com os temas "A cultura surda" e "Implante coclear". O conhecimento foi transmitido tanto por meios lúdicos com dinâmicas e brincadeiras, quanto por meio de aulas expositivas.

Resultados: Os cursos de LIBRAS realizados nos anos de 2011 e 2012 tiveram duração de 4 meses cada, com aulas semanais, e contaram com a participação de cerca de 60 estudantes da área da saúde. Durante o curso os alunos criaram seus próprios sinais (seus nomes em LIBRAS) e aprenderam noções de diálogo e conversação, além de termos específicos relacionados à área da saúde, voltados principalmente para a realização de um bom atendimento ao paciente surdo.

Conclusão ou Hipóteses: O conhecimento de noções básicas em LIBRAS adquirido pelos futuros profissionais da área da saúde será extremamente útil para um atendimento mais humanizado ao paciente surdo.