Falar e praticar saúde entre homens de uma comunidade de Porto Alegre
Resumo
Introdução: A população masculina é conhecida por não utilizar os serviços de saúde na proporção esperada. Dados epidemiológicos brasileiros mostram sinais de alerta em relação ao perfil de mortalidade entre homens de 20 a 59 anos de idade. Enquanto os mais jovens morrem principalmente por causas externas, os mais velhos morrem por causas cardiovasculares e neoplasias.
Objetivo: Descrever a organização de um evento de educação e saúde com duração de 4 horas destinado a homens da comunidade que se reúne mensalmente há 2 anos. Contando com participação de 22 estudantes de 7 cursos da área da saúde da PUCRS, 15 profissionais e 2 professores daquela instituição que orientaram a formulação de material educativos sobre diversos temas relativos a condicionantes de saúde e doença prevalentes e relevantes para essa população.
Resultados: O evento contou com a participação de 202 homens que tiveram acesso a consultas médicas (23); odontológicas (11) enquanto 71 foram vacinados. Oficinas conduzidas por duplas de alunos de cursos diferentes foram atendidas por 18 homens (Medicina-Psicologia); 16 (Educação Física – Fisioterapia); 06 (Nutrição e Enfermagem) e 10 (Farmácia e Serviço Social). O perfil do participante teve 20% de respondentes na faixa etária de 51-60 anos, metade deles vivendo na comunidade há pelo menos 11 anos. Quanto a escolaridade, 46% completaram o Ensino Médio; 73% deles estão trabalhando. Quanto a doenças mais prevalentes, 27% relataram ser hipertensos enquanto 16% ser diabéticos.
Conclusão: O evento foi uma grande experiência de colaboração entre estudantes da área da saúde que não costumam experimentar essa troca de conhecimentos de forma colaborativa na sua formação acadêmica. A resposta da comunidade reforça a impressão de que os homens são invisíveis ao sistema de saúde, mas que esta realidade pode mudar de acordo com as estratégias empregadas.Palavras-chave
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