Morbidade da população feminina e frequência de consultas em Unidade de Saúde da Família no Rio Grande do Sul
Resumo
Introdução: As principais causas de morbidade da população feminina brasileira são: as doenças cardiovasculares; as neoplasias, as pneumonias, o diabetes mellitus tipo II e as causas externas (segundo o Ministério da Saúde do Brasil). Pensando nisso a preocupação em desenvolver ações de atenção à saúde, específicas para mulheres, encontra apoio nos dados comentados, principalmente devido às diferenças de exposição aos vários tipos e graus de risco em saúde a que estão submetidas às mulheres. Portanto torna-se necessário que a equipe de saúde conheça as morbidades mais prevalentes em sua área de atuação para uma adequada promoção de saúde destas mulheres.
Metodologia: estudo descritivo de corte transversal. Foram coletados do prontuário de cada paciente: idade, cor, tabagismo, consumo de álcool, antecedente pessoal e/ou familiar de câncer e comorbidades.
Objetivo: A partir dos resultados obtidos, desenvolver programas de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças para melhoria da qualidade de vida das mulheres da região.
Resultados: Foram revisados os prontuários de 57 mulheres, do sexo feminino 57 (100%), com idade média de 58,92 ±6,34 anos (amplitude de 44 a 69), todas moradoras da área de abrangência da Estratégia Saúde da Família. A raça é branca em 14 (24,56%) mulheres. O tabagismo ocorre em 15 (26,3%) mulheres. Etilismo ocorre em 1 (1,75%) paciente. A distribuição de morbidade nesta amostra segue com: hipertensão 28 (49,1%), diabete mellitus tipo II 11 (19,3%), dislipidemia e hipotireoidismo 6 (10,5%), cardiopatia isquêmica, asma e DPOC 5 (8,8%), depressão 3 (5,3%), AVC e HIV 2 (3,5%). Quanto às consultas, verificamos que 17 mulheres (29,8%) consultaram no último ano, sendo que 17 (29,8%) consultaram há 3 anos ou mais e 13 (22,8%) apenas fizeram o cadastramento.
Conclusão: levantamentos como este são importantes para o planejamento das ações de saúde e estabelecimento de metas para o serviço. Destaca-se a alta prevalência de hipertensão, diabete e tabagismo; assim como o baixo número de consultas de mulheres nesta faixa etária no serviço. Ações como busca ativa e campanhas de educação em saúde podem melhorar estes índices.
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